quinta-feira, 15 de março de 2012 | Filed in:
Sensações e vivências de morte e de vida estão mesmo, como dizem os mestres, “uma nas pegadas da outra”, alternando-se no cotidiano, em movimentos circulares, por vezes em espiral... No meu sentir, a morte sempre olha para trás; lembra, pondera, reflete, duvida, compara, tem culpa, tem frio, é retraída. A vida sempre olha para frente, apaixonada, impetuosa, sem medo, contempla, brinca, ama por amar, não se culpa e não se arrepende, é quente, espontânea. Tão intensas, as duas! Tão fortes, dentro! Por longo tempo tive medo das duas, de viver e de morrer; ao mesmo tempo em que sempre quis muito às duas. Agora, eu apenas as observo, de dentro de meu silêncio, agradecida! Se não houvesse a morte, não haveriam os outros nascimentos, as mudanças; a renovação da vida. Se uma possibilidade não morre, impossibilita outra. Mas se a vida não brota, a escuridão e o frio embotam e inviabilizam todos os conteúdos. Transitar entre estes extremos, em equilíbrio, é o desafio. A pulsão de morte é tão forte quanto a pulsão de vida. Morrer não é só amargar o tempo inteiro; assim como viver não é só princípio de prazer o tempo todo. Deve haver um conforto no meio do caminho... E o que dizer da fênix, que se deixa morrer para depois ressuscitar mais forte e bela? Duas faces de uma mesma moeda.
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