sábado, 31 de março de 2012 | Filed in:
Na madrugada, quebrando a magia do silêncio gigantesco, cachorros latem, perto e longe, hoje numa conversa de tom amigável. De vez em quando, no telhado, adivinho as passadas ritmadas dos gatinhos, que vigiam e, as apressadas dos gambás, que se arriscam atrás de comida ou de um pouco de adrenalina! Por vezes, neste abraço apertado da mata ao redor, escuto quando um galhinho seco ou semente cai de alguma árvore e vai rolando telhado abaixo... às vezes parece que pingos de chuva também “caem”, aqui e ali, mas não está chovendo... há um zunido ininterrupto e suave que não sei se vem de fora, de insetos da mata ou se é uma cantiga dentro dos meus ouvidos, produzindo relaxamento e desejo de mergulhar, viajar nesta frequência... Olhando pelas janelas que me rodeiam, vejo, num primeiro momento, só a escuridão, única e total. Não é, mesmo, momento de olhar para fora. É de olhar para dentro. E dentro está claro. Está o que eu tenho, gosto e o que eu preciso. O real. Minha história, minhas lembranças, meus pensamentos, meus sentimentos; meus medos, limitações e habilidades. Eu e eu. Um dia sonhei que finalmente ia conhecer minha alma gêmea. Era só olhar num espelho. Olhei, cheia de expectativas e quem estava do outro lado era eu mesma! Num primeiro momento foi um susto e uma desilusão. Mas depois disto e até hoje, venho sossegando e compreendendo. Susto e desilusão são importantes, senão a gente não acorda; pensa que vive, mas só está sonhando que vive. 54= 5 + 4 = 9: O Ermitão, o que reflete, busca, olha para dentro. Ele se protege, com o manto, das luzes ofuscantes externas, para poder colocar e ver a luz dentro, da consciência. Novo ano de vida e o Ermitão para me acompanhar e inspirar...
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