Amor



Acho que o amor é este “arrepio” que, de repente, percorre o  corpo e a alma... fazendo uma carícia à pele, às urgências e áreas sensíveis do pensamento e dos sentimentos... e ali fica... e fica... uma carícia que ao mesmo tempo acolhe e sossega; acorda e inquieta, produzindo esta sensação de unidade, leveza, diluição e reconstituição... inteireza  e força, imensas!  Observo, na manhã luminosa, embaixo da minha janela, uma folha de palmito... a brisa que vem da mata mexe com ela suavemente e ela se entrega e se deixa embalar, como se estivesse de olhos fechados, confiante, feliz! Eu vejo como se delicia e, Impressionante, como se torna cada vez mais bela! Talvez esta brisa seja uma essência de amor, regando as essências da folha, que certamente, cada dia ficam mais firmes e fortes... Brisas, melodias, silêncios, contemplações, palavras, gestos, encontros fazem isto conosco, produzindo estes “arrepios” de felicidade instantâneos que perduram dentro da gente por eternidades e do qual a gente está sempre sentindo saudade, porque ao mesmo tempo que fica, o amor é  livre,  viajante curioso do tempo, do espaço e do outro. 

 

0 comentários:


Minha foto
2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

Arquivo do blog