De tarde


Na brisa sutil e bailarina
as folhas da bananeira
flexionam, mas não se dobram,
a “raspa língua” se dobra
mas se vinga, “cortante”!
Cigarras e grilos “invisíveis”,
(atrás de que verdes se escondem?)
afinados e no compasso
ocupam todo espaço
em cantoria queixosa
arredondando o calor
na tarde emudecida.
Meu coração sério
de medir, ajustar, ponderar
sente saudade do riso
da impulsividade curiosa
da indisciplina teimosa
da felicidade de sonhar
com a felicidade.


 

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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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