domingo, 9 de janeiro de 2011 | Filed in:
O Globo Rural fazia uma retrospectiva de momentos importantes do programa em 2010 e tive a oportunidade de estar na sala no momento em que reprisavam um encontro com um “cowboy” americano, especialista no trato com cavalos. Ele treina com gentileza; sem fazer uso da violência. Aqui no Brasil, fez umas demonstrações de como “domar”, treinar e também tratar e curar cavalos com traumas justamente por terem sofrido maus tratos neste processo. Maravilhoso! Emocionante ver como os animais apavorados, que não deixavam ninguém se aproximar, iam sendo cativados por ele, por seus gestos, palavras e toques gentis; se entregando e respondendo afirmativamente aos seus comandos. Muita gente, na platéia, emocionada! Eu também fiquei. Pelo fato em si e pelas associações que inevitavelmente fiz e imagino que todos fizeram. No meu trabalho, contato cotidianamente com crianças que sofreram maus tratos, que são tratadas com grosseria, desrespeito por adultos, que com certeza, desta mesma forma foram tratados na sua infância e não sabem agir de outra forma, o que também não justifica; mas ajuda entender. Eu vejo as marcas que ficam nas pessoas (no corpo e na “alma”), especialmente nas crianças e de quanto tempo a gente precisa de paciência, perseverança, de esperança (para não desanimar e desistir) e de trabalho árduo para que alguma mudança se opere; sem falar no preconceito e no desejo automático de excluir quem “tem problema”, que aparece na maioria e até mesmo na gente, que se dispõe a fazer este trabalho e contra o qual temos que lutar o tempo todo, até que haja a transformação, primeiro dentro de nós. Então eu fico pensando... na gentileza! No trato afetuoso com todas as criaturas! Todos, plantas, animais, pessoas! Todos nos construímos de uma forma, se somos tratados com respeito, carinho, gentileza ou não e respondemos ao mundo com esta mesma força e reciprocidade. Por que é tão difícil respeitar, aceitar, ser gentil?
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