Ternura

A mãe tinha uma camiseta cor de rosa, grande, que gostava de usar para dormir. Era confortável, macia, uma delícia! A filha visitou a mãe. Estava muito quente e ela não estava se sentindo bem; um pouco febril; talvez uma gripe se insinuando. Tomou banho e foi no quarto da mãe; pegou uma camiseta qualquer para descansar um pouquinho. Era a camiseta cor de rosa! Depois de algum tempo comentou com a mãe o quanto era gostoso vestir e estar com aquela camiseta; sentia uma energia boa; sentia-se melhor. Pediu para levar a camiseta para casa, para dormir com ela naquela noite; pois de fato, lhe fazia muito bem estar com ela; não sabia explicar muito bem; mas fazia. A mãe deixou; era um momento especial; que a fazia lembrar de quando a filha era pequena e precisava dela, de quando em quando, do seu abraço e da sua mão para dormir, para afastar os medos, as coisas ruins.  No outro dia a filha ligou agradecendo; dizendo que dormira muito bem; que estava melhor. A mãe ficou feliz! Uma felicidade  grande provocada por estas pequenas coisas que, ainda bem, povoam o cotidiano; não têm explicação lógica, nem tradução; mas inundam de ternura o coração!


 

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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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