sábado, 15 de janeiro de 2011 | Filed in:
Do latim somnium (sonho, ilusão, sonhar com) ou insomnium (sonho, visão em sonhos), que, por sua vez, deriva do grego enýpnium (sonho, visão, aparição em sonhos).
Eu gosto da palavra, acho bonita e o conteúdo também e, que faz parte de um lado da vida da gente “meio mágico”, sobre o qual não há um consenso. Existem muitos escritos sobre os sonhos. Muitas teorias, linhas filosóficas, classificações, explicações e até guia para interpretações. Estudos, histórias, experiências interessantíssimas. Eu acho fantástica esta capacidade ( só humana?) de sonhar. Sonhos de sonhar acordado são uma delícia! Embora isto signifique, para os outros, “viver no mundo da lua”; estar “fora da casinha”... Mas é muito bom olhar uma foto, uma lembrança, um objeto; contemplar a natureza, ouvir uma música e voluntariamente enveredar por outros caminhos, diferentes destes que a gente traçou e viajar, com a mala cheia de egoísmo, desenhando tudo de outro jeito, do jeito que o desejo (?), o ego (?) ou a alma (?) da gente quer! E depois escrever histórias, poesias, melodias como resultado destas incursões. Porém, isto é uma brincadeira e é preciso saber brincar, para não se machucar, fazer confusão entre realidade e imaginação. Mas fantásticos mesmo são os sonhos que todos, até mesmo os “dentro da casinha”, os “pés no chão” sonham. Estes de recostar a cabeça no travesseiro, dormir e, isentos (aparentemente) de qualquer culpa, sermos levados para onde, de forma muito guardada, como se fosse um tesouro preciosíssimo, o desejo (?), o ego (?) ou a alma (?) da gente quer! Num primeiro momento, eu até me encantei em procurar o significado dos meus sonhos em livros e listas de interpretações; mas, agora, me tornei cética. Os sonhos fazem parte de uma categoria muito pessoal, muito íntima. Não é de banalizar, ficar contando pra todo mundo; uma exceção, talvez para alguém próximo; que possa entrar nesta intimidade e se encaixar neste universo sensível. Eu acho que os sonhos são “segredos secretíssimos” que contamos para nós mesmos; quando não estamos felizes ou muito distantes de nós mesmos ou daqueles a quem amamos muito. Pelo menos esta é minha experiência. Os meus me falam de mim, de quem eu sou, do que eu quero, do que é importante para mim, pessoa, mulher e me trazem notícias dos meus queridos mais queridos; lembram que estou com saudade, desmascaram meus medos, meus desejos encobertos, minhas tristezas. Eles não poupam; estão sempre atualizando o que se passa, mesmo coisas que eu, racionalmente, não quero; mas que estão lá, bem vivas e latentes, no fundo. Às vezes vêm até um pouco disfarçados para não chocar demais. Estudá-los é um bom jeito de nos conhecermos um pouco mais. Acho fascinante adentrar neste mundo!
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