quinta-feira, 13 de janeiro de 2011 | Filed in:
Desassossego. Medo!
Impotência. Perder tudo
para a lama faminta
que desce pelo morro
desgovernada e cega.
Perder para a água
também perdida
e desorientada
que sobe pelas ruas,
pelas paredes,
encurralando e engolindo
sem querer, sem planejar
colocada num curso
que não é o seu.
Mistura de terra, água,
lágrimas, corpos,
esperanças e trabalho,
anos de história enterrados
nos escombros,
como um punhal no peito.
É dor insuportável!
Dor da terra, violentada,
Dor do rio, envenenado
Dor do homem, equivocado
Dor de quem olha, paralisado.
Dor do vazio:
nunca mais será!
Dor por esta fragilidade
de não saber
não esperar
não dominar.
Será que alguém devia
cuidar e não respeitou?
Alguém devia saber
e não ensinou?
Agora, abraçar e cuidar
com compaixão e respeito
das feridas, destes buracos
que ficaram na terra e no coração;
cicatrizes, dor sem remédio.
Sem esquecer, por favor,
a interrogação.
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