Descompasso

    Imagem da internet
Nunca sabemos como e quanto ferimos, magoamos; ou como agradamos, conquistamos; marcamos. Desfilamos (carregamos) nossos corpos por aí... ao compasso das nossas emoções, cavalos selvagens! Nunca sabemos onde vão nos levar, onde vamos parar... Raros os sábios equilibrados. Nada dói mais do que não ter as rédeas das emoções nas mãos. Nada mais prazeroso também. Mas fugaz. Fragilidades ambulantes. É o que somos. Cheios de dores, pesares, sonhos, ilusões e ansiedade de ser feliz. E o que será que é isto? Por vezes penso que ser feliz é esperar ser feliz. Esta espera por algo que nem se sabe bem o que é e nem se existe de verdade. E tantas palavras prontas e frases feitas. E tantas ideias repetidas. E tantas coisas engolidas...  E tantos “donos da verdade” cobrando atitudes, apontando. E tantos “errados” penando, apontados... A roda gira, mas nem sempre nos mesmos trilhos. Por vezes, “descarrilha” e as repetições têm seus acréscimos; por vezes mais fundos e escuros; por vezes suavizados por brindes sutis. De onde menos se espera vem um tapa. De onde menos se espera vem um carinho!  De onde mais se espera, nada vem. A incógnita, o surpreendente, o inusitado tem seu charme, mas também seus horrores. As aparências estão na moda, mais fortes do que nunca e uma cena envolvendo “bons” e “maus”; de repente nada mais é do que “maus” se defendendo e “bons” exercitando a hipocrisia. O presente é consequência do passado.  Descubro que nunca poderia ser juíza, promotora, jurada. Para onde estamos indo? Eu ergo os olhos, vejo o azul, os verdes, a luz! Ouço a natureza cantante... exuberante! Sob esta tranquilidade aparente, o que elabora, remexe no seu interior? Será semelhante ao que nos consome por dentro?

 

0 comentários:


Minha foto
2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

Arquivo do blog