domingo, 16 de junho de 2013 | Filed in:
“Minhas raízes estão aqui”, sou feliz aqui”
– disse o meu pai, ao telefone; referindo-se à cidade que o acolheu e onde
viveu por mais de setenta anos.
Importante saber e reconhecer onde estão nossas raízes e o que nos sustenta
neste planeta! Tenho raízes fundas na minha terra natal (RS); mas também aqui,
onde vivo há mais de vinte anos (SC). Se a gente não se entrega, não aprofunda
e não cultiva, não cria raízes. Tem gente que acha importante não criar raízes;
para ser livre! Estar aqui ou ali, tanto faz, para eles! Maravilhoso, isto:
jeitos diferentes de pensar, sentir e viver! Mas será que a gente pode escolher
e fugir das raízes mais fundas, lá das vivências da primeira infância, quando
éramos tão vulneráveis? Quando escuto as músicas nativas e o Hino Riograndense
ou o Hino Nacional; quando ouço a história, fatos relacionados a minha cidade e
meu estado natal ou ao meu país; aos valores que aprendi e vivi, algo fundo se
remexe e eu me reconheço ali; sinto-me pertencer a algo. Isto eu chamo de
“minhas raízes”. É involuntário. Algumas destas, gostaria de não ter
estabelecido; gostaria de cortar. Mas parece impossível, tão “enraizadas”... Outras me fazem bem ter, atualizar, cultivar.
Gosto de me sentir “enraizada” em algumas coisas. Dentro da minha visão, quando
estamos verdadeiramente enraizados, temos uma consciência mais clara de quem
somos e o que queremos. Temos uma história. Bonita ou não, mas temos e podemos
escolher continuar ou mudar. Isto permite a gente sonhar, trabalhar, buscar
alternativas; desenvolver ética e respeito. E civismo. Comprometimento com a
vida e com o outro. Parece-me que quem está solto, não se compromete com
nada a não ser com o seu interesse
pessoal; não tem amor a nada e muito menos respeito. A situação de caos que emerge em pleno século XXI, que apresenta, de
um lado, tantos avanços tecnológicos e de conhecimento e, de outro, escassez de
ideais, idealistas, líderes e a total banalização da vida, valores e sentimentos,
me faz pensar que o sentimento de “pertença” não está sendo construído, lá onde
deve: no berço, no colo, na infância, nas famílias e nas escolas. Isto é
assustador. Difícil que a polícia e a repressão
deem jeito!
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