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Tanta gente... tanta gente... a melodia suave e a luz que entrava pelos vitrais produziam um clima de acolhimento e bem estar, ali no santuário... A missa acabara e aqueles, como eu,  que assim o desejavam, aguardavam em filas espalhadas, uma bênção especial. Padres e ministros estavam ali para abençoar e dar um conforto... tanta gente precisando de confort0! Tanta! Na fila demorada (porque os ministrantes não tinham pressa; olhavam nos olhos dos fiéis e tocavam suas cabeças, ombros e falavam palavras doces, de conforto, ânimo; depois abençoavam) eu  estava recolhida em mim mesma, sem pressa; como se o tempo não existisse, nem o cansaço, nem o depois. De repente, toda aquela construção gigantesca, toda imponência externa estava diluída, reduzida a um simples e afetuoso colo. Um colo onde eu me abriguei e fui acolhida. Abri meu coração, relaxei, abandonei as resistências e admiti, sim, a dor, a impotência e o inconformismo diante de tantas coisas. E a sutileza da melodia, da energia do ambiente, das palavras a mim dirigidas, acarinharam meu coração, aliviaram o peso dos pensamentos e das demandas... fiquei em paz. Estava em casa.       














 

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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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