terça-feira, 11 de junho de 2013 | Filed in:
Imagem da internet
Tanta
gente... tanta gente... a melodia suave e a luz que entrava pelos vitrais
produziam um clima de acolhimento e bem estar, ali no santuário... A missa
acabara e aqueles, como eu, que assim o
desejavam, aguardavam em filas espalhadas, uma bênção especial. Padres e
ministros estavam ali para abençoar e dar um conforto... tanta gente precisando
de confort0! Tanta! Na fila demorada (porque os ministrantes não tinham pressa;
olhavam nos olhos dos fiéis e tocavam suas cabeças, ombros e falavam palavras
doces, de conforto, ânimo; depois abençoavam) eu estava recolhida em mim mesma, sem pressa;
como se o tempo não existisse, nem o cansaço, nem o depois. De repente, toda
aquela construção gigantesca, toda imponência externa estava diluída, reduzida
a um simples e afetuoso colo. Um colo onde eu me abriguei e fui acolhida. Abri
meu coração, relaxei, abandonei as resistências e admiti, sim, a dor, a
impotência e o inconformismo diante de tantas coisas. E a sutileza da melodia,
da energia do ambiente, das palavras a mim dirigidas, acarinharam meu coração,
aliviaram o peso dos pensamentos e das demandas... fiquei em paz. Estava em
casa.
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