quinta-feira, 1 de janeiro de 2015 | Filed in:
Um dia qualquer, no meio da tarde...
... as galinhas chegaram! Duas, pequenas ainda, de penas avermelhadas:
Brigite e Lola. Foram para o galinheiro
improvisado. Ah! Tão lindinhas! Quem sabe, mais tarde, um galo, para cantar de
madrugada... coisa linda que é o canto do galo, de manhãzinha! Tarde da noite,
do mesmo dia, um cacarejar angustiante acordou todo mundo, na casa. Algo
acontecia no galinheiro. As sombras das criaturas da mata ao redor, envolviam a
noite e conferiam ao ambiente, um clima de suspense, de pavor. À luz da
lanterna, o gambá foi flagrado com uma das galinhas presa pelo pescoço! Lá se foi a
Brigite, seqüestrada pelo gambá
desgraçado! Ai que dor! Impotência total.
Um
outro dia qualquer, pela manhã...
... novo galinheiro e uma nova galinha: Brigite
II. O tempo passa e as duas galinhas crescem e estreitam laços. De
dia saem do galinheiro e andam de cá
para lá, ciscando sem cansar. Nada escapa aos seus bicos insaciáveis. No final
da tarde, são recolhidas ao galinheiro, agora bem fechado. Neste dia, porém,
uma surpresa! Quem estava dentro do galinheiro, aboletado no poleiro, só
esperando as galinhas entrar para começar a festa? O gambá! Ah! Mas desta vez, não
senhor! Foi flagrado antes! O tiro saiu pela culatra. Não iria, de jeito
nenhum, se refestelar com mais uma galinha! E saiu corrido a vassouradas, do
galinheiro!
Num
outro dia, muito depois destes...
... novo hóspede chega ao
galinheiro: o tão sonhado galo! Mas ainda um galinho pequeno; franguinho. Ah! As galinhas
gostaram e passaram a cuidar dele, tão pequenino! Branquinho! Porém, a
faceirice e todos os planos de futuro acabaram quando o dia nasceu. O galinho
amanheceu desnucado, pescoço caído,
mole, ao lado da cabeça!. Brigite e Lola inconsoláveis, feito baratas tontas,
andando de lá para cá, cacarejando, atônitas... Também! Com toda a certeza, presenciaram
o ataque... Mas quem fez? Tudo aponta para o gambá. Pelo menos, ele não pode
levar o galinho com ele. Bem feito! Agora chega desta ideia de aumentar a família
galinácea ! Ah! Se a gente pega este gambá...
Bem
mais adiante, em outro mês e dia qualquer...
... Brigite e Lola estão crescidas, fortes. As
penas avermelhadas muito brilhantes. O quintal disponível para elas está pequeno
e avançam fronteiras, buscando novos horizontes; empoleirando-se na casinha de
boneca da menina ou querendo meter-se, xeretar nos domínios dos gatos, na
soleira da porta e das janelas da casa. Os gatos parecem não gostar, num
primeiro momento; mas deixam pra lá; afinal, as galinhas são simpáticas e eles
estão a fim de dormir. O verão se insinua e as tardes quentes acordam os
lagartos, que até ontem, hibernavam, não se sabe onde. Eles vêm com fome e
disputam com as galinhas o espaço e a comida. Partilham bem, sem stress.
Mas quem ainda não aprendeu, precisa aprender que
confiança demais, é pecado, perdição. E o gambá voltou! De madrugada ouviu-se a
cacarejada forte, que acordou todo mundo novamente. Mas onde estaria o dito
cujo, se o galinheiro estava bem trancado? O barulho, dentro do galinheiro, era
forte. Quando a porta foi aberta, a lanterna mostrou o safado, encurralado, num
canto do galinheiro e as duas galinhas se defendendo bravamente! Vassouradas
correram com ele. Mas o enigma ficou: como teria o gambá entrado no galinheiro?
Será que tudo se explica pela máxima de que atrás de uma galinha tonta, sempre
haverá um gambá safado? Acho que não! Acho que temos, agora, um gambá safado e
duas galinhas nada tontas; muito pelo contrário!
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