Elas dançam!


As folhas dançam!
Como dançam!
As românticas,
na brisa fresca e perfumada
das manhãs e das tardes de primavera!
As apaixonadas e arrebatadas,
nos temporais da madrugada!
As melancólicas,
nas ventanias de inverso!
As afobadas e impulsivas;
no ritmo do minuano ruidoso...
E todas dançam!
As pequenas
as raras
as compridas
as exóticas
as amareladas,
as belas
e as que ninguém vê.
Fecham os olhos verdes
e dançam...
As reservadas e inseguras:
coreografias belas
mas contidas.
As mais soltas?
Estas, tão soltas
que de tão livres
desprendem-se
de marcas,  limites
e ritmos...
... e não dançam mais;
flutuam!
Diluem-se
no tempo
e na entrega;
felizes como ninguém!

 

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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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