segunda-feira, 14 de janeiro de 2013 | Filed in:
Por
vezes, o real assola, toma, invade com toda sua crueza e objetividade...
esmagador. Para suportar ou vencer, parece que só endurecendo, ou fugindo, ou
se entregando ou desistindo... Uma pegadinha! Da vida. Ela tem destas coisas...
manda uns fantasmas assombrar nossa fragilidade! Fugir não resolve porque os
desencontros são cada vez maiores e as distâncias cada vez mais
intransponíveis; assim como a compreensão. Desistir, renunciar, melhor dizendo,
por vezes, é o caminho, porque os enfrentamentos, no sentido de bater de
frente, quase sempre, consomem energia, não levam a lugar nenhum, porque somos egoístas e só vemos o nosso lado.
Os enfrentamos esvaziam, enfraquecem. E, endurecer é muito duro! Vou aprendendo
e me encontrando melhor, no entanto, na entrega. Deixar penetrar bem fundo, até cair
totalmente, para então começar um caminho de volta. Passo a passo, esquina por
esquina; nó por nó. Vendo todos os lados. Na verdade, aprendendo a valorizar o
meu lado. O do outro, estou sempre vendo e me enchendo de culpas. Suportar e
ultrapassar a “pegadinha” “é que são elas”; é curar a doença! A doença instaura
quando o olhar fica na superfície, quando o coração fixa no supérfluo e a mente interpreta equivocadamente. Aí dói. Quando a gente sai da superfície, fixa na
essência e interpreta corretamente, afugenta os fantasmas (que na verdade,
“eram de nada”) e o dia volta brilhar, com suas levezas e carinhos.
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