Soninho



Emoção especial esta de ninar um bebê... grande, profunda, doce, unificadora... Eu adoro! Sou mãe, sou avó. A pequena dorme e eu não penso outra coisa mais significativa do que observar e proteger seu sono. A fragilidade do ser humano dormindo é profundamente tocante; mais ainda, de um bebê! A fragilidade do bebê faz com que eu, adulta, sinta-me grande e forte; em responsabilidade e cumplicidade com o universo e com as divindades, cuidando de uma criaturinha sua... Dizem  que o sono é uma entrega (de confiança)  muito grande para uma espécie de morte... Mas eu sei que a qualquer momento, ela abrirá os olhos, vai me reconhecer e vou dizer a ela, como disse tantas vezes aos meus filhos (num tempo cronológico distante, mas recente na memória sensorial e dos afetos),  com meus olhos e minha voz: “estou aqui, fique tranqüila, minha querida”...


 

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2025, 16o aniversário do Blog! Pulei 2024, ano dos 15 anos. Aconteceu sem intenção. Retomo, agora, este espaço e esta escrita e me preparo para metaforizar silêncios e ausências. É o que eu gosto.

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