terça-feira, 5 de janeiro de 2010 | Filed in:
“Eu “só” queria isto e, se tivesse isto, seria feliz!”. E o “só” é de cada um; algo que um dia, em algum instante, entrou e ficou marcado como sendo a coisa mais importante, talvez porque alguém tenha semeado isto ali ou porque foi o que lhe faltou em algum momento... o sossego, a saúde, uma família, dinheiro, carro, casa, viajar, um corpo padronizado, popularidade, amor, estudo, atenção, emprego, liberdade, sucesso... sonhos, esperanças, investimentos grandes em torno disto e a vida acontecendo do jeito que é possível e não do jeito que se quer. Bonito e por vezes muito triste o jeito que cada um encontra para lidar e dar conta disto: com o que não acontece; para acolher as surpresas, repensar e reformular conceitos (melhor, bom, difícil, resto, mais, menos...); enfrentar o real; reorganizar e buscar saídas; descobrir beleza e valor onde pensava não haver ou não ser possível. Ela, como tantas outras, “só” queria ser feliz! E achava que ser feliz era encontrar o príncipe e com ele partilhar a vida. Olhar o mundo junto com ele e junto com ele semear, construir tantas coisas... pequenas e grandes... Este “só” ficou, de repente, difícil e todo um “resto” foi sendo o possível e a felicidade sonhada ou partida foi fazendo pequenas aparições aqui e ali, diferente, mas também bom. O que era para ser apenas “resto” ficou grande, presente, concreto, real, bonito. O que era o “só” ficou longe, mas ficou. Ficou lá... acenando: “não me deixe”! Cresceu sozinho e apaixonado, cheio de esperança. De vez em quando ela o visita nos seus sonhos e se renova, se fortalece nesta fonte. Parece que é mesmo nisto que os sonhos se tornam: fonte!
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