quarta-feira, 20 de janeiro de 2010 | Filed in:
Os que se importam estão em todos os lugares. São muitos... mas falo destes que têm interesse “pelo outro” e não “no outro”: pessoas, animais ou causas ambientais. Têm algo “a mais” no seu fazer, uns no olhar, outros no sentir, outros no tocar, no falar, no ouvir, no pensar e, todos com certeza, na sua qualidade de ser! No ano que passou, com um grupo de alunos, buscamos aprofundar o conhecimento sobre alguns destes: Martim Luther King, Madre Tereza de Calcutá, Betinho, Mahatma Gandhi, Song Kosal, especiais no seu importar-se pela paz, pela justiça social. Nestes últimos dias tenho ouvido e recebido muitas coisas sobre o importar-se e o grande bem fazer social da Zilda Arns. Todos figuras públicas, conhecidas e com certeza inspiradores de muitos outros, que anonimamente, todos os dias importam-se aqui e ali no planeta. Estes, encontramos na família, no trabalho, nos grupos, nos consultórios...Temos notícias deles atuando com prazer e gratuidade nos asilos, orfanatos, presídios, hospitais, igrejas, associações, no campo, em áreas de conflitos; junto a desabrigados... por estes dias, ocorreu assistir mais uma vez o filme “A corrente do Bem”. Gosto da temática. Desta vez surgiu-me duas questões. Primeiro, as pessoas “do bem” (verdadeiras ou fictícias) quando morrem e muitas morrem neste ofício de importar-se, provocam grande impacto e, se não o foram em vida, são então reconhecidas neste seu generoso fazer. A perda dói e não é só porque não estão mais por aqui; mas também porque eles, no seu importar-se, sustentam não só com palavras bonitas, mas com ação, o quanto é possível fazer coisas que a maioria de nós acha que não é. De alguma forma, mostram que as utopias, os sonhos, de repente, podem sair dos papéis, das cabeças e se concretizarem. E isto encoraja e conforta: saber que alguém se importa. A outra questão é que o menino, personagem do filme, num dado momento, expressa tristemente, algo assim: “as pessoas até que se importam, mas quando as coisas não acontecem como planejaram ou se tornam difíceis, elas desistem...”. Este “desistir” é assustador mesmo! Enquanto a gente tenta de todas as maneiras, a possibilidade permanece. Desistir é aceitar que algo é irremediável, impossível. Isto é a morte. Os que se importam não desistem porque eles acreditam na boa qualidade e importância das sementes que lançam. E mais, eles acreditam que aquele “solo” que recebe a semente é bom e tem condições para acolher e fazê-la germinar; mesmo que aparente o contrário, que ninguém acredite ou que demore. Por isto, os que se importam se entregam e sorriem. Sabem o que fazem e esta é sua satisfação íntima! O que muitos não entendem, porque não se importam.
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