domingo, 22 de fevereiro de 2015 | Filed in:
e “perfumosa”
ali, no meu jardim
em fases, a rosa.
Expectativa em botão,
abre-se em pétalas viçosas!
Alquimia de cor, cheiros,
beleza, ansiedade e prazer
entregando-se aos braços
e abraços do tempo!
Depois, ato inverso;
tempo vivido e cumprido:
volta, "despetalando-se"
em sabedoria
e regressa ao
ventre fértil
da grande mãe.
Movimento pulsante,
vai-e-vem da vida!
sábado, 21 de fevereiro de 2015 | Filed in:
Minha rosa
de poucos dias!
Acordando enfeitada
de maciez,
perfume
e de chuva!
Comove meu coração
silencia meu verbo
de poucos dias!
Acordando enfeitada
de maciez,
perfume
e de chuva!
Comove meu coração
silencia meu verbo
encanta meus olhos...
doce majestade!
doce majestade!
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015 | Filed in:
Pitaia
“Flor-da-lua” e “Dama
da Noite” são outros nomes da pitaia, esta planta exótica.
Alguns até chamam de “fruta dragão”, o que eu não aprecio; gosto mais dos dois primeiros
“apelidos”! É porque ela só floresce à noite e por pouquíssimas noites! Se
observei bem, aqui em casa foram três noites e, nesta última, já estava
denotando fragilidade. Tão linda, tão breve, tão intensa, tão despretenciosa!
Assim como são
tantas criaturas partilhando espaço, conosco, neste planeta, neste plano. A
quem, muitas ou na maioria das vezes, ninguém, sequer, dirige o olhar; percebe, ou se percebe, não valora e elas se
vão! Cumprem seu papel e nós, não curtimos, não desfrutamos. Pena!
Lamentações se erguem de todos os lados,
em todas as partes, o tempo todo, por tudo que nos falta, que nos incomoda ou
que não contempla nossos desejos. Nem todos, muitos ou poucos, de fato, conscientes de si, do seu
lugar e exercendo seu talento, seu papel com generosidade e gratidão.
Eu penso, observando do meu contexto,
agora, em todas as criaturas em todos os “reinos da natureza”, que têm esta vida tão breve
e que a vivem tão plenamente, sem ostentação e sem lamúrias; cujo ensinamento prático é este: o prazer de viver, de se entregar tão
profundamente a sua essência, sua função, seu presente.
Imagino a delícia que foi, para esta minha bela e doce “Dama da Noite”, estas poucas noites ali, na beira do lago, entre sons, perfumes e
movimento das helicônias, plantas nativas, temperos, frutas silvestres,
mariposas esvoaçantes, aranhas tecelãs, grilos e saparia cantante! Acho, até, que a
batucada e as “cantadas” do “sapo martelo”, eram para ela, em combinação com a
doce lua cheia e com os vaga-lumes, que não saíam dali, produzindo um efeito
maravilhoso, mágico, de luzes e sombras! Puro apaixonamento!
A gente não sabe ou faz-de-conta que não
percebe, por inumeráveis e frívolos motivos; mas todos os dias e todas noites,
em todos os lugares e em muitos corações, a vida é uma celebração sem fim! Uma
grande festa para milhares de criaturas; que no seu esplendor, radiantes e
singulares, se dão, se mostram, expressam e vivem, dentro do seu ciclo e
limitações, no seu melhor e único presente: os seus talentos! E, mesmo depois
que se vão, deixam legados que animam, embelezam e dignificam a continuidade da
vida. No caso específico da nossa pitaia, a “Dama da Noite”: um fruto delicioso, que eu espero
poder experimentar logo, logo.
Doce “Dama da Noite”,
linda e exuberante;
segredando
com o tempo,
entre verdes enluarados
e incógnitas pulsações
da noite;
mistérios
que me encantam
e não alcanço...
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015 | Filed in:
Paciência...
Brota e entrelaça,
do fundo e tão fundo:
a paz e a ciência
de olhar, silenciar
e esperar...
... o dia da flor e do fruto
na plenitude de sua
cor, beleza e sabor!
.. a chuva mansa
contornando e
diluindo a
sede dos rios,
dos campos,
das criaturas empoeiradas,
ressequidas do calor
e da solidão.
... a lua cheia
destes mistérios
de ti e de mim
e das sutilezas
de cada não e de cada sim.
... o dia em que a saudade
no mesmo abraço,
morre de prazer
e já renasce de dor!
Paciência...
tempo vivido!
Cada tempo,
uma emoção
uma história
uma gestação.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015 | Filed in:
Cebolas
são lindas
e
deliciosas!
Divertidas
quando
ficam
escondidas
atrás
das saias
transparentes!
Ah! Bom
brincar
de
procurar!
Mas...
surpresa!
Atrás
da última saia...
encontradas,
elas
param de brincar;
vingam-se!
Ardidas,
fazem chorar
a
pequena “cheff”,
num de repente!
num de repente!
| Filed in:
Li um post, um dia destes, que
dizia: “as crianças de hoje não têm o privilégio de subir em árvores, de curtir
a Natureza. As que podem, preferem TV, celulares, tablets, etc... Pobre geração”.
Infelizmente, esta é uma
realidade. Triste. Muitas crianças, de fato, não experimentaram e nem
experimentarão este prazer, esta delícia; por pura falta de oportunidade,
algumas e, por falta de estímulo, outras. Quem tem acesso a uma árvore? As
cidades, os muros, os perigos, os automóveis, o asfalto, as agendas cheias, afastaram
as crianças e as árvores. Uma grande e inestimável perda para ambas! Tablets e
outras modernidades, nunca substituirão brincar tão rico, tão sério e tão necessário
quanto este oportunizado pela interação das crianças com os elementos e elementais
da natureza. Com o brincar criativo, onde a exploração, a imaginação, o “faz de
conta” estimulam curiosidade, pensamento, inteligência e, socializam.
Para grande felicidade minha (e com certeza de outros privilegiados, aqui e ali),
ainda observo criança brincando, subindo em árvore; fazendo buraco na areia do
quintal e bolo de lama! Na escola temos uma árvore enorme, que cresce e já abraça
quase todo o quintal, enchendo-o de sombra deliciosa, muita luz e cantoria de
uma passarada pra lá de animada. As
crianças adoram a nossa árvore! Sobem, disputam lugar! Lá em cima conversam, se
escondem, trocam segredos; viajam no imaginário, observando e pensando o
mundo... Sempre tem um e outro balanço de corda pendurado... É bonito e
inspirador! Uma sala de aula.
domingo, 1 de fevereiro de 2015 | Filed in:
Eles
vieram como presentes.
Generosidade
da vida
e das
divindades!
Meus três
irmãos.
Três
abraços onde gosto de estar
e para
onde, muitas vezes,
retorno,
ancoro,
atualizo
a vida,
fortaleço
as raízes.
Afeto,
admiração
parceria,
confiança e respeito
construídos
e fortalecidos
ao
longo do tempo
(não
sem dor e
desencontros);
amadurecendo laços de sangue,
desvelando laços profundos
das almas!
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