Poesia na Praça




O “antes”...
a espera e a arrumação;
o carinho e a expectativa!
Esperando e preparando... assimilando
a ideia do NOVO que iria chegar...
A gente imagina...
mas nunca sabe como será!
Agora sei, sabemos!
O  POESIA  NA  PRAÇA
foi bonito! Foi diferente!
Um convite à alma
diante do qual nos inibimos
porque estamos acostumados
aos convites direcionados
às superfícies...
Mas, aceito o convite,
a sensibilidade transborda
a alma rejubila,
singular e fraterna;
confraterniza e agiganta!
Aparece e clama, 
recita apaixonada,
pelo que anseia:
paz! Justiça! Olhar! Valor!
Escuta! Respeito!
Cidadania consciente! Amor!
Obrigada a todos que
passaram, chegaram
e compartilharam!
Dia 19 de Novembro
haverá  POESIA  NA  PRAÇA
outra vez!

Cidadãs

 




Cidadãs da natureza
têm seu tempo;
cumprem seu papel
no silêncio das noites,
no buliço dos dias...
Sem alardes,
sem demagogia
sem promessas!
Sem hipocrisia!
Anunciam só o que se passa
e dão o melhor de si.
Entregam-se!
Não é necessário vigiar;
têm cumplicidade direta
com água, sol, terra e ar!
Não atrapalham,
antes são boicotadas!
Não se corrompem;
antes murcham, morrem.
Belas,
sérias,
éticas!
São flores!

Silêncio

Silêncio....
Adoro!
Silêncio de tudo:
tempo,
horário,
demandas,
regras,
falas!
Ah! Delícia
entrar neste intervalo
fora do previsível,
do rotineiro,
do cronometrado.
No intervalo
do reflexo
do sol que brilha
e se espalha
vaidoso,
nas águas fartas
do mar!
Bem ali,
no esconderijo do tempo
onde as folhas bailam...
e barcos passeiam
sua beleza,
suas histórias
na superfície  plana e azul...
Pego carona
no voo da gaivota
cheio de mesuras,
languidez...
e entro
no intervalo
deste sossego que não acaba!
Onde as curvas dos morros,
no horizonte
deslizam carinhos, afagos...
E os verdes...
Ah! Os verdes sorriem!
Sorriso largo
dos que amam
e estão ali!

Poesia


A poesia
salvou
o meu dia!
Era pra ser
dor,
lamento,
decepção,
impotência.
Mas o sol
me abraçou!
A brisa
me acarinhou!
E minha chama
ardeu!
A emoção
assumiu!
Sigo nesta
dimensão paralela!
Encontro minha meada
e vou,
pelo avesso!
A poesia
salvou
o meu dia!

Poetar, ajuda!


Este momento... este do silêncio que precede o que está por vir... quando tudo está arrumado e neste hiato respira, relaxa... ao mesmo tempo que palpita... é que a emoção me toma! E eu gosto de me encontrar, bem aí! É o momento das essências! Das nossas essências: dos meus alunos, dos colegas parceiros, da proposta da escola e minhas! Tudo está ali, redimido, depurado e condensado em beleza singela e profunda: a poesia! Poesia no trato, poesia na escrita, poesia na fala, poesia na melodia! Poesia, aqui, muito mais do que versos e rimas: poesia aqui, é o olhar, que olha e vê! E se sente acolhido para expressar o que vê e sente; do seu jeito, como consegue; sem medo e com respeito, a si e ao outro. Isto é forte! Cheio de delicadezas! Isto é belo! Revoluciona!
Depois disto? Depois os alunos entram! Recitam suas poesias, cantam! As emoções se mostram, de todas as formas, na interação entre poetas, poetisas e os fãs!
E depois? Quietude. Necessária! Tipo esta que deve acontecer, imagino, na terra recém semeada, que abraça cada semente, única entre tantas e cuida, perseverante e amorosa, para que germine, bela, com toda sua singularidade! Semear e cuidar é muito sério. Muito mais do que versos, rimas, presentes... mas poetar, ajuda!

Inteira

A manhã
é este  botão
acordando em mim
cheiros
sons
cores
de outras manhãs
misturados com
o cheiro,
o som
e a cor desta nova manhã...
E posso tocar
a continuidade
e a novidade,
caminhando comigo
de mãos dadas!


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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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