Pescaria!
Conversa
solta,
folia
certa!
Será
que dá certo
pescaria
com folia?
Menina
pesca!
Eu
pesco!
Pesca
alegria,
pesco
uma ideia.
Pesca
um pensamento
cheirando
contentamento!
E
o anzol puxa
peixe,
puxa cor;
puxa
palavra,
puxa
número!
Puxa
um riso,
um
elogio!
Nem
dá tempo de curtir...
o
peixe já fugiu!
Lá
vai a menina...
falante,
faceira,
contando
os peixes:
-
Ganhei! Pesquei quatorze!
Agora vou fazer peixe frito!
-
“Peraí”, menina!
E
lá vou eu... rindo,
achando
tudo bonito!
-
O almoço não é de brincadeira!
Era
assim, a rosa
que,
hoje de manhãzinha,
sorriu
pra mim,
gestada
e nascida ali,
na
espontaneidade,
no
meu improvisado jardim.
No
frescor de poucos dias,
intensa!
Derretida!
Apaixonada!
Feliz!
Sem
medo de ser!
Lá
vai para o 1º ano!
Olho
brilhando,
coração
pulando,
mãozinha
suada
mas
perninha firme!
Segurando
a mão da mãe e do pai;
abrindo,
devagarinho
suas
asas de borboleta menina!
Lá vai
minha tonchinha...
Pensa
que vai aprender “trabalhar” com as letras
porque
brincar já sabe.
O
que não sabe, é que vai continuar brincando!
Que
pode continuar brincando!
Porque
escrever é magia,
alquimia
sem fim
para
“dizer” de mundos e fundos
de dentro,
de fora e de entrelinhas:
-
“Ah! CAZA
não é com Z?
Pra escrever (leite) LEIT,
tem
que colocar o E,
no final?
Não tá certo como escrevi (menina): EIA”?
Ah!
Nossa lingua materna é demais!!!!
A
gente pode brincar e pensar;
tentar,
errar e pensar;
escrever
de novo,
errar
novamente,
pensar
e acertar!
E
gostar do exercício;
pensar,
estudar!
Que
bom,
minha
fofucha,
que
não ficará espantada com
“O IVO VIU
A VOVÓ.
A VOVÓ VIU A UVA”;
Porque...
NA
CASA DA VOVÓ TEM UVA!
TODO
MUNDO GOSTA!
O
VOVÔ PLANTOU! A UVA É DELICIOSA,
A
MARGOT VÊ A UVA
MAS
NÃO GOSTA!!!!
E
este apaixonamento pela matemática
fora
de hora, no banho, na mesa?!
-
“Sabia, vovó, que se eu tenho 9 bolinhos
e
dou 1 para a mamãe, eu fico com 8”?
-
Meu deus, minha linda! Como você sabe coisas!!!!
Quem
te ensinou?
-
“Ninguém, vovó!
Aprendi sozinha”!!!!
Lá
vai nossa menina...
Abrindo
janelas e portas
para
o momento,
aprendendo
– coisa boa! –
que
eles são finitos:
os
de dor, os de amor e os de vazio;
mas
que adentrando
estes
mundos fantásticos
das
letras, números e sonhos
aprendemos
a magia do infinito;
onde
combinações, caminhos,
hipóteses
e possibilidades,
que de
tantas,
a
gente não alcança e não cansa
de
imaginar, de reinventar!
Lá
vai nossa menina...
-
Por favor, menina!
Não
vá somente pela sombra!
Pegue
chuva! Pegue sol! Pegue sereno!
Pegue
gosto de viver!
Na
volta a gente troca:
açaí
geladinho
e o
olhar!
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