118 - A pipa

Era uma pipa
delicada
recortando
o céu azul.
Bailarina
ave,
borboleta
em movimentos
coloridos,
suaves,
expressivos,
intensos
e audaciosos!
Arriscando-se
solitária
inteira
corajosa!
Pura música
puro deleite.







117 - Fantasma

           Andando, encontrei o “fantasmagórico Medo” assombrando, festando, debochando, mexendo com fragilidades. O dia estava lindo, suave. O mar tranqüilo, alegre, fazendo reverências, exclamando: “BOM DIA! LINDO  DIA”! Nossa! Tudo de bom combinando com uma temperatura deliciosa! E o fantasma querendo “tapar o sol com a peneira”; sem muito esforço e com grandes resultados. Porque sempre falta "algo" e dificilmente “algo” que se tem é suficiente. Sempre uma falta ... uma exigência, um desafio negociando uma morte! Enfrentar o que se teme é morrer! Sustentar uma decisão, é pura morte! E das bem dolorosas! Admitir o erro, o engano... puxa! Não é terrível?! Pedir desculpas, quebrar o orgulho, aceitar os limites, a realidade como é, de fato; oh! Insuportável dor! Agonia, morte lenta! Falar a verdade. Olhar nos olhos. Pedir. Renunciar. Recuar. Colocar limite. Escolher. Ouvir uma crítica. Ser ignorado. Engolir uma palavra. Crescer. Mudar. Tudo tortura! Fugir é o melhor de tudo! Ai que alívio! Mas só até a próxima esquina; porque o fantasmagórico está ali! Esperando, o perverso, assustando outra vez: “UAH! OLHA EU AQUI, HU,HU,HU...!!!!”. Ah! Mas hoje parei. Enfrentei. Olhei bem pra ele e fui morrendo.... mas quem foi ficando pequenino... pequenininho.... pequetitinho... ziiiinho...até desaparecer, foi ele. Desapareceu! Sumiu! Evaporou! Dissolveu! Era um fantasma de nada! Que morte boa! Morri nada! Há uma fênix, dentro, que adora esta brincadeira, morrer e nascer novamente! Retomei o andar, leve! Cúmplice do mar, carregando “mil” motivos de felicidade lá no fundo.

116 - Verbo (2) - Medo

Fala.
Não fala.
Fala.
Não fala.
Cala!
Por quê?
Medo
medinho
(me) dão...
um tempo!
O tempo
suficiente
para forjar
valentia!
O tempo de medo
engorda
e adoece
vontades caladas
enrruga
a alegria
enfraquece
a coragem
engessa
a leveza
envelhece
as idéias
mofa os sonhos
mata o desejo.
Conforma e "enforma".



115 - Oceanos

Quem sou?
Quem são
estes outros?
Estes oceanos
que me cercam?
Em quê
nos encontramos
e onde vamos
parar, assim...
desajeitados
com nossos conteúdos
e assustados
com a densidade
e inquietude
de nossas águas
turbulentas?
Quando os encontros
de águas tranqüilas,
transparentes?!
Quando foi que
de riachinho,
fiozinho d’água
corrente, cantante, lá
num viver alienante
tornei-me, também
oceano revolto?
Atropelado
e atropelando
em sequências
sem fim de
altos e baixos,
desejos ambiciosos
de felicidades;
de questionamentos
avassaladores
derrubando mitos,
invadindo o
desconhecido,
arrasando
construídos,
vislumbrando
nunca vividos,
descobrindo flores
aromas e cores?
Onde, outra vez
córrego tranqüilo?

114 - Verbo (1)

      Falar é importante. Expressar-se, manifestar-se, essencial. Vital. Para uns, prática pura; para outros, algo a conquistar. Tem gente que fala tudo que pensa, tudo que quer e quando quer. Sem cuidado, sem reservas, sem pensar, sem pudor, sem culpa, sem medo. Tem gente que fala com reservas, pensa, articula, joga com as palavras e seus significantes e com elas exerce poder; seduz, persuade com sutileza. Tem gente que só fala o que o outro quer ouvir. Tem gente amadurecida que faz uso da palavra com autonomia e circula bem em todos os contextos, respeitosa. Tem gente que se desafia, mas se atrapalha com as palavras; escorrega, se debate entre tantas e de repente não encontra nenhuma ou somente uma bobagem. Tem gente que não se articula com a palavra, balbucia “pacotes”: “sim, sim, sim; claro; pode ser; posso; aceito; tudo bem; pois não; certamente; pode deixar, pode confiar, dou um jeito; não se preocupe, eu faço, não custa nada; não tem importância”...

113 - Pontes

          Olho as fotos que meu filho envia de lugares, paisagens, países, pessoas, belezas, tesouros preservados que contam a história, a trajetória bonita, marcada por grandes feitos e grandes desatinos da humanidade... maravilhas singulares que dificilmente verei com meus olhos... vejo através dos olhos dele e me emociono com isto, porque me fazem sentir e ficar perto dele e também mais consciente da presença destes tantos outros com quem reparto o espaço neste planeta; pessoas que nunca verei, com quem não trocarei um olhar, uma palavra, mas com quem talvez, tenha afinidades; uma vez que têm suas histórias particulares de trabalho, sonhos, conquistas, cotidianos, mazelas, expectativas e esperanças como todos... apesar da língua, clima, fuso horário, costumes e tradições diferentes. Eu me encanto em relação ao quanto podemos aumentar ou diminuir as distâncias! De repente, através de um pequeno instrumento, posso, além de escrever, ver o meu filho em tempo real, conversar, ouvir a sua voz e ao mesmo tempo fazer, como toda mãe, a leitura dos seus gestos, expressões, do seu olhar... lá onde está, quase do outro lado do planeta, onde tudo é tão diferente deste nosso contexto, aqui. Eu penso: o que se passa com ele e com todos estes, que como ele, em um e outro momento tornam-se cidadãos do mundo, neste movimento de transitar e conhecer e partilhar espaço e tempo com tantas diferenças? Com certeza, esta riqueza de horizontes deve ou deveria, penso, humanizar muito mais, amadurecer e solidarizar ... quanto aprender com estes que experimentam frio e calor mais intenso e com aqueles que convivem com o tempo de claridade ou de escuridão maior do que este que conhecemos; com aqueles que conviveram ou ainda convivem com guerras ininterruptas, destruições, invasões e grandes reconstruções; com a diversidade de alternativas para sobreviver, ser organizar, avançar; com a diversidade de línguas para expressar os mesmos sentimentos; com o conhecimento, com a poesia, a música, a arte como um todo, resultante destas experiências... com os limites que as condições geográficas, climáticas, culturais e econômicas impõem! Num momento como este, de observação e reflexão, eu percebo com clareza, assim como tantos e tantos outros, o quanto são absurdas, tolas e infantis, as divisões, a intolerância, o racismo, o preconceito, as invasões; o exercício, a imposição de poder, de conceitos, de atitudes de uns para com os outros, em todos os aspectos! Os encontros, as descobertas, os aprendizados, as invenções, as partilhas são tão importantes! Produzem grande bem, tanto entre os povos como entre os sujeitos! Pena que tudo aquilo que construímos para melhorar a vida, aproximar, também serve para machucar e separar. E isto que machuca, destrói e afasta não está diluído no anonimato ou restrito a alguns monstros que nomeamos e apontamos na história e no dia-a-dia; também está dentro de cada um de nós. Sempre gostei das pontes. E gosto de ver meus filhos e alunos aqui e os filhos e alunos dos outros ali e lá, construindo pontes e alargando horizontes, encurtando distâncias; é uma esperança de que os canteiros de flores e os bosques continuem verdes, coloridos e interligados, garantindo a vida, a alegria, os encontros e a poesia, no planeta.

112 - Imagens e ternura

              A figueira enorme reinava soberana, majestosa e silenciosa por entre os verdes, distribuindo sossego e acolhendo, protetora, em seus braços, toda magia, beleza e vida palpitante do lugar. Um balanço nostálgico pendia do alto, preso a um dos galhos frondosos... e se debruçava, no seu vai-e-vem, sobre o vale, lá embaixo; que assim, visto de cima, parecia um tapete verde (morros cobertos de árvores) bordado com linhas sinuosas azuis (um riacho que se estendia e escondia lá no horizonte...) e com retângulos coloridos, de tamanhos diversos (plantações... tantas que o olhar não alcançava!). Algo muito bonito. Muito! Estranha aquele ninho, de imediato senti-me também acolhida no abraço da figueira! Desejei e fiquei ali, sentindo sua energia, força e calor. Trazida por uma brisa, chegou e tomou meus ouvidos uma canção suave e familiar, vinda de uma igreja próxima, “a tua ternura, senhor, vem me abraçar” ... e eu me emocionei verdadeiramente! Um momento todo de ternura, infinita ternura. Eu estava sozinha, mas isto era só aparência.

111- Retalhos

Agora a pouco
derreteu o coração
e era pro coração.

Na madrugada
a lua cheia invade
os espaços da sala,
doura a mata ao redor
desenha sombras doces
na varanda.
Misturada com a
quietude pulsante
do momento,
a emoção fica
suspensa
aguardando
temendo
romper o encanto.

Foi um instante
uma fala
um significante
aquietou o
momento
curativou a saudade
mantendo o encanto.

O momento
sempre é singular
e aquilo que ocorre
é inusitado
e o que é
nada para um,
é tudo para o outro.

Nenhum
caminho aberto
a não ser
o das sutilezas
e do futuro do pretérito.

Quimeras coloridas
esperançaram
os dias
quando não vivia
apenas cumpria.

110 - Olhar (2)

     Escolhia o tipo de lente, a armação, o anti-reflexo para os novos óculos. Para ver os detalhes, precisava colocar os óculos velhos. E me sentia melancólica. Ainda não acostumei com esta perda. Ainda mexe, assusta, estar no supermercado e não conseguir ver o preço das coisas; estar no banho e não distinguir qual o shampoo, qual o condicionador; não conseguir ler e nem escrever sem o auxílio do óculos e, também, não distinguir detalhes, pequenos detalhes, tão importantes para mim. Até tão pouco era apenas a dificuldade de ver de perto, de repente, num retrocesso galopante, agora são necessárias as lentes para ver de longe também. Envelhecer tem me trazido coisas boas. Menos esta. O analista me lembrou Tirésias e eu gostei, fez bem. No meio do desassossego trouxe a minha lembrança, algo que me encanta. Diz o mito que Tirésias era um vidente, cego e sábio; tinha o dom de enxergar coisas que outros não viam. O que me encanta e prende é o olhar e ver! Olhar fundo e ver com os olhos de dentro. Adélia Prado diz algo que adoro: "Deus, de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Eu também gosto de ver os detalhes da pedra, o que há na sua singularidade e possibilidades infinitas! Assim, ela e as outras coisas vão se tornando únicas e isto durante toda a vida, tem me oportunizado felicidade! Mas para ver assim, preciso ver a pedra. De repente fiquei com medo de não ver mais a pedra. Fiquei com muito desejo de olhar mais e demoradamente cada ser e cada forma. Nem é para tanto, mas o fantasma do medo é terrível e se diverte com a fragilidade do momento. Respiro e relaxo. Eu tenho os óculos! Que bom! Que presente! Concluo o mesmo que outros: é o medo de perder que motiva cuidar. Descubro, com alegria, que fechando os olhos, mergulhando na escuridão, encontro bem marcado, colorido, vivo e vibrante, tudo aquilo que me rodeia, que eu amo e capturei com os olhos externos nestas estações vividas. Abro os olhos e vejo que o que está dentro, está fora e contemplo com respeito e emoção os verdes que se dobram e se entregam, sem escolha, para a chuva insistente e fria, porque parece que é assim mesmo; o desconforto, o limite, a frustração, as perdas, são inevitáveis, impiedosos; mas têm beleza; trazem aprendizado, têm razão de ser.

109 - Laços (1)

       “- Que quer dizer “cativar”?
       - É algo quase sempre esquecido – disse a raposa. – Significa “criar laços”...
       - Criar laços?
      - Exatamente – disse a raposa. – Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
     - Começo a compreender – disse o pequeno príncipe. – Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...".
     Algo assim, tão belo, merece um tempo! O tempo de um deleite! Simples! De uma simplicidade que tira o chão porque, de repente... o grande enigma é isto. E pronto! E isto é tudo! E o tudo é este sossego que a compreensão disto, dentro da cabeça, dos olhos e do coração, produz. Instantâneos de alegria, de felicidade, estes laços invisíveis que se instauram - a partir do momento em que alguém se torna único para mim e me torno única para alguém e - toda vez que eles se atualizam nos encontros, sejam cotidianos, sejam tão raros quanto orquídeas florescidas. E de quantos únicos se encontra preenchido o coração da gente?! Neste frio, que delícia recordá-los, torná-los presentes! Aquece. Enternece. Humaniza. Preenche. Significa. E dá saudade. Muita.

108 - Amadurecendo

      - "Ah! Mas a gente perdeu a copa por causa do Felipe Melo, né, professora?! Ele fez um gol contra!”. - lamenta um garoto do 3º ano.
      - "É, mas você já fez dois gols contra, no nosso jogo, um dia destes, lembra?”. – interfere outro.
     - 'Né, professora, que até o melhor goleiro do mundo pode levar um frango?” - questiona um terceiro.
     - "Jogo é jogo. Tem que saber ganhar e perder, como na OLINQUI, né, professora?!” - já procura consolar um quarto.
    Eu acho tão fofo! Fico tão feliz ouvindo, acompanhando as conversas deles! Vejo como observam, refletem, processam, amadurecem suas percepções... procurando ver os dois lados da questão que ocorre; encontrar saídas para os problemas, para as frustrações; como se articulam com a palavra em busca do que é justo, dentro da lógica e perspectiva deles e como buscam e precisam da mediação do adulto neste processo. E é aí que reside a maior responsabilidade do educar e do educador; no meu entendimento. Aí, a delicadeza e a seriedade do processo! É isto que mexe conosco; porque mexe com os nossos valores, nosso conteúdo, nossa riqueza e também com a nossa pequenez e limitações. Ultrapassa a responsabilidade de “ensinar ler, escrever, calcular, compreender a história, a geografia, a ciência, línguas, arte e filosofia”. Trata-se de educar sujeitos, cidadãos singulares, únicos e não de fazer pequenos xerox de mim, dos pais, de interesses e expectativas e, do sistema. Acompanhar e não atrapalhar. Orientar e não direcionar. Desafiar e não dar a resposta pronta; ao mesmo tempo que acolher as devolutivas, como elas podem ser dadas e não como se quer e conseguir respeitar e não comparar! E ainda questionar, “mas será que não poderia ser de outro modo, será que não pode caprichar um pouco mais, dar um pouco mais?...”. Que responsabilidade quero para mim, professora? A de estimular a construção de sujeitos com mentes fechadas, preconceituosas, arrogantes, competitivas e elitistas, separacionistas? Eu sonho que sejam cientistas e poetas; desenvolvam o raciocínio e a sensibilidade; que pensem, olhem e sintam, se posicionem e encontrem alegria e caminhos dentro da complexidade ou da simplicidade; dentro de uma medida justa para si mesmos e para os outros, como aprendo. Eu sonho, eu quero, eu me dedico; mas esbarro, como disse, nas minhas limitações e falho. E aprendo e também amadureço. Não tem como. Nada pronto. Tudo em processo e o olhar precisa estar sempre atento, implicado, reflexivo, para que não se perca o prumo.

107 - Descoberta

Um chazinho
 quente e doce
enlaça e acolhe...
e o corpo contido
relaxa...
se entrega
e se percebe
desconhecido
com desejo
de ser descoberto
desperto, tocado
e produzir melodias.

106 - Amor cortez

Amor cortez.
Amor vazio de encontro.
Não se expressa
e não se traduz
em abraços
em beijos;
não se alimenta
de carícias
juras e sussurros;
não se fortalece
em noites
perdidas de amor;
não se declara
aos quatro ventos,
à luz do sol
e nem ao luar.
Ele se retrai
atrás dos olhos
que se fecham
para não ver fora
somente dentro;
da palavra que
não fala o que sente;
da dor negada;
da saudade ignorada
e da alegria sublimada
quando se ilumina
em presença
do que é amado!
E depois,
aparece aqui,
ali, lá... bonito
transformado
em trabalho,
arte, música...
algo sutil,
apaixonado,
pura poesia!

105 - Gotas

Atravessando 
a mesa em frente,
passando pelo
vão da janela
entreaberta
e antes de chegar
no morro verde,
cheiroso,
recém banhado,
meu olhar foi
capturado por
suspiros de chuva
que ficaram
enfileirados,
brilhantes e belos,
suspensos
num fio, lá na rua...
...assim,
no meio do caminho!
Mais surpresos
do que assustados
no anonimato injusto
(nem percebido!),
alongando-se e
equilibrando-se no
fio, curiosos:
- “o que há lá embaixo?...”

104 - Correio elegante

          A nossa cultura popular é, de fato, muito rica e linda nas suas diferentes formas de expressão! O trajeto que as festas, costumes, valores, tradições percorreram até os nossos dias, perpetuando-se na oralidade e em escritos, despretensiosos e anônimos, agregando algo daqui e dali, é fantástico! Falam das nossas raízes, como expressam poeticamente os versos da canção gaúcha: “esta pura verdade que não tem idade, é a nossa identidade agüentando o repuxo”. Por isto é emocionante, no trabalho com as crianças, processos de pesquisa, resgate e vivência desta cultura, que em muitos lugares e consciências, não tem mais valor e nem espaço. A gente resgata e se situa. E a alma da gente se delicia e não há muito a explicar sobre o porquê. É bom e pronto. Como ouvir o hino nacional e ver a nossa bandeira agitando-se linda e cheia de significados entre outros e outras! Nos provoca intensa emoção! A gente se reconhece! E se sente coletivo, não somente indivíduo. E esta é uma sensação ímpar, bela, funda; difícil nomear. Nesta via, a festa junina é bonita demais! Ela tem de tudo! Música, literatura, gastronomia, religiosidade, dança, lazer, superstições, valores... que agradam e agregam adultos e crianças numa alegria verdadeira! E tem correio elegante! Adoro! Mensagens espontâneas, nascidas do momento e do sentimento, tão diferentes daquelas formatadas repassadas de um para outro, por e-mail, vazias da singularidade de quem reenvia e do que aquele que recebe representa. O anonimato do correio elegante produz uma sensação gostosa de proximidade, de procura e encontro e sempre é pessoal, de um para um. O que nem sempre um pps é.


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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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