Manhãs surpreendentes!



Ano Novo chegando
“esperança” o coração
com imagens, sonhos, desejos
de manhãs surpreendentes!
Estas que nascem sérias,
saudáveis, justas,
e dignas para  todos,
em todos os cantos!
Manhãs surpreendentes!
Com sol, lugar, vez e
oportunidades para todos!
Manhãs surpreendentes!
Acolhedoras e respeitosas às
conquistas, ideias,
aprendizados, discernimento,
valores e talentos de cada um!
Manhãs surpreendentes!
Que inauguram os dias com beleza,
luz e reverência
à natureza, às singularidades do outro,
aos que educam,
a quem, de fato, “se importa”;
aos tolerantes e aos generosos!
Manhãs surpreendentes
que germinam cuidados,
gratidão,
afeto, escuta e abraços!

A esperança que brota e alimento, em mim,
neste momento especial de passagem,
é assim! E desejo a você, belas e incontáveis
manhãs surpreendentes! E um coração esperançoso,
leve, amoroso e feliz!

                        Feliz 2020!!!

Bordas














Arrumávamos o salão do clube para a festa de encerramento do ano letivo. Uma escada transformada num caminho de flores... lindo! E painéis. Belíssimos! Pura arte! Arte coletiva! Trabalho de parceria: alunos e profes! Magia do Quintal!
Depois de tantos e tantos anos, tudo ainda é tocante, sempre novo, especial para mim: a emoção, os detalhes, o momento... Os anos passaram e o corpo envelheceu,  mas o olhar, a leitura, a interação, o amor, a ternura... Ah! Isto sensibilizou, aprimorou, dentro de mim!
Eu estava encantada com os painéis! Depois de tanto olhar, deleitar, comentar e fotografar;  eu percebi, e só então, as bordas! E, me dei conta, de um jeito diferente, mais fundo, do papel, do lugar, da importância das bordas.
Num trabalho, cartaz, painel,
texto, pintura, desenho,
bordas enfeitam, limitam,
protegem, disfarçam, completam,
arrematam, embelezam, destacam, valoram.
Podem ser feitas de infinitos jeitos, formas, cores, materiais, espessura e tamanho...
Fazer uma borda é desafiador, criativo.
        Então, percebi que ali havia (e que sempre houvera) algo mais profundo! Que para além de fazer e motivar as  bordas nos trabalhos; nós fazemos bordas na vida do outro; nós somos bordas! 
E ser borda, é de outra ordem.
É acolher, envolver com delicadeza,
respeito e humildade,
algo do outro ou o próprio outro;
ciente disto!
Sem alardes e presunção;
grosseria ou impaciência.
Essencial ter a clareza
de que é o conteúdo
e não a moldura, não a borda,
o centro da obra.
Ah! Ser uma borda! Ser professor!
Fazer o outro aparecer, brilhar;
desabrochar talentos;
encantar-se pela vida!
Participar deste processo,
sutilmente... cuidando,
observando e
percebendo sensibilidades,
protegendo singularidades...
Ah! Descobrir-se borda
neste processo,
neste “ser professor” ...
Que privilégio!
Muito grata por este
ano maravilhoso
de belas e inusitadas bordas!!!

Tesouros do Natal

       

          - “Vovó! Vamos fazer uma caça ao tesouro”!
        Minha netinha e os priminhos passeavam, por entre a roda de conversa dos adultos, convidando-nos a participar da brincadeira que eles tinham preparado para o momento.
        Na noite quente deste Natal, a brisa soprava suave, refrescante; a conversa fluía animada, atualizando recordações e a vida familiar. As crianças vieram interromper nosso deleite. Alguns de nós, então, brincamos com as crianças. Elas esconderam o tesouro e nós, adultos, seguindo as pistas, correndo pra cá e para lá, o encontrarmos, finalmente... 
        Depois, fiquei pensando nesta bela metáfora e, que momento mais oportuno para metaforizar do que este: a Noite de Natal! Crianças propondo uma caça ao tesouro aos avós, pais e tios, na Noite de Natal! Por que os adultos eram os caçadores? E qual era o tesouro a ser encontrado na Noite de Natal? O que as crianças queriam, de verdade, que encontrássemos?
        Na madrugada, eu entendi. E sinto-me profundamente grata, mais uma vez, às crianças; estas criaturas maravilhosas, por todo ensinamento e encantamento que oportunizam! Estão sempre nos chamando, sinalizando para o que é essencial; para que não percamos de vista os nossos tesouros, nossos presentes e o nosso tempo presente.
        Reencontrei um grande tesouro neste Natal: o Natal! Sei o quanto isto vai ressignificar, fortalecer e animar os meus dias! E desejo, do mais fundo do coração, que os belos momentos vividos, esperançados, refletidos e sonhados, neste Natal, tragam muita luz, alegria e vontade a todos vocês, queridos amigos e ao nosso Planeta, tão carente e necessitado de (re)encontrar e valorar tesouros verdadeiros!


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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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