Música e Poesia




De forma aparentemente casual, neste finalzinho de ano reencontrei com duas melodias que produziram marcas fortes, num tempo que já passou. Lindísssimas! Embora este conceito seja subjetivo. De alguma forma isto me desestabilizou. A música não tem fronteiras, mostra e atualiza tudo. Importante voltar para fazer uns curativos, entrar em contato com o que ainda não está visto ou curado para ver e curar e não desestabilizar num outro momento; desassociar de lembranças (se isto é possível, quando se diz que a música que nos toca faz parte de nossa identidade...) e apenas saborear a beleza e harmonia dos sons! Estou me permitindo ficar “lá” ainda mais alguns momentos... Desestabilizei justamente por isto, porque me trouxeram ou levaram para perto de momentos significativos, que vejo, estão bem vivos lá naquele momento da vida. Eu me distanciei deles; organizada, agora de outro jeito; com outros conteúdos,  roupagens e aparência... e eles estão lá, como eram... e não tem como  juntar o tempo; embora tudo, realmente ainda faça parte da minha essência. Estou sensível a isto e com isto, mexida por inteiro e acredito que é bom e vem num momento bom. Iniciar um novo ano sempre é um convite a mudar, transformar. Muitas revisões e mudanças, entendimentos e acordos que precisam ser feitos no aqui e agora, para serem verdadeiros, precisam de fato, serem feitos um pouco mais atrás, lá onde podemos estar amarrados, sem consciência. Assim renovo meu amor à música e à poesia, porque me acolhem e me dão asas para deslizar, voar, para dentro e para fora, para o fundo e pelas superfícies, permitindo este encontro sempre mais estreito e bonito (mas não isento de mau tempo!) comigo mesma e, por conseqüência, com o todo e cada um. Música e poesia, luz, fogo ardente, renovando todas as coisas e deixando sempre um horizonte claro e luminoso à frente:  A  VIDA  É  BELA! 

Ondas...


Acontecimentos... 
ondas ininterruptas 
sobre o presente, 
alternando intensidades, 
ternura e fúria, 
afetos e invejas, 
egoísmo e compaixão, 
alegria e medo, 
o individual e o coletivo, 
proximidades e distâncias... 
O que estava atrás ou junto 
com os brilhos da festa? 
E dos trabalhos todos,
cantorias e poesias?
E  dos aplausos 
e abraços e encontros 
e palavras de agradecimento 
e de afeto, 
profundas e espontâneas? 
E  dos sorrisos? 
E das visitas que chegam? 
E das ausências e mal entendidos... 
e das palavras não ditas... 
e das asperezas e mágoas? 
E dos apegos e 
dos desejos  bloqueados, 
palavras trancadas, 
atos contidos e censurados.... 
e das saudades recentes 
e antigas, tão antigas... 
brisas, ventos, palavras, 
encontros, músicas,
momentos intensos que 
passaram e não passaram... 
tudo é passado e tudo é presente....   
tudo sem absoluto sentido 
e tudo tão completamente cheio de sentido! 
Acontecimentos! 
Ondas que 
ininterruptamente 
se jogam sobre 
o presente... 
trazendo, desmanchando, 
abrindo ou levando 
castelos, projetos, 
suportes, esperanças, 
saudades, ideias, 
vontades, laços, nós... 
Fica o que está forte
tem raiz e substância.
Fica e fortalece.



Doce e próxima


Amo tanto estas combinações
de letras, sons...
e os seus encontros!
Suas formas e essências!
Me apaixonei por elas
no primeiro olhar
e o enamoramento de lá até aqui 
só cresceu! Elas me fazem vibrar
pulsar, encantar, refletir,
compreender e recomeçar!
Eu as li, escrevi e
reescrevi tantas e tantas vezes...
Direcionando-as a todos os cantos
onde me levaram tantos encantos!
Tantas copiei, inventei, transformei..
Algumas delas amei tão fundo
que vesti, assumi
me enfeitei e à vida, com elas!
Outras machucaram demais,
e rejeitei,  esqueci, resisti, 
ignorei... mas, afinal aceitei!
Com infintas,  me deliciei!
Como em tudo, uma exceção:
há uma palavra,
a que eu mais desejei e admirei,
que mais esperei... 
outono atrás de outono...
tanto que por vezes, desorientei!
Não chegou,
não li,
não ouvi.
Não virá.
De tanto não ouvir
ficou difícil pronunciar,
e registrar... ficou rara, especial!
De especial, ficou  sagrada,
e sagrada, depositei  num altar
e lá está ela!
No alto e no fundo,
linda e impronunciável,
mas  íntima
e próxima
como respirar
olhar, pensar
e inspirar.

Aguenta firme!


Cedinho, caminhando pela rua  ainda silenciosa de gente, centrada na cantoria da passarada, fui abordada, gentilmente, por uma senhora: - “quer uma palavra de Deus”? Estendi a mão e peguei um papel. Eu adoro palavras e, se vem de repente, uma de Deus, então!!! Na verdade, eram duas palavras: AGUENTA  FIRME. Eu não gosto da palavra agüenta quando ela sugere passividade. Mas quando indica força, perseverança, paciência, sim. Tenho intimidade com todas estas conotações e por isto a manhã ficou diferente, depois deste encontro, com os pensamentos que ganharam vida... Viver é dicotômico. Extremado. Sentimentos, pensamentos, impulsos, percepções... manter a ordem, o equilíbrio, é estressante; especialmente nos encontros com o outro, também um mundo assim, como o meu: dicotômico e extremado! Manter a ordem, o equilíbrio nas relações, é exigente... tantas diferenças, tantas semelhanças! Sutilezas, melindres, detalhes, tons e o quanto cada um coloca de importância, valor, cuidado, egoísmo e generosidade, na relação. Quanto cada um sabe e está preparado para dar e receber, renunciar e doar. E quer fazer isto. Alguns só aprenderam receber; outros só dar. Outros só aprenderam dar com condições. Outros a receber com egoísmo e superioridade. Outros não dão porque não receberam, não sabem e não têm nada para dar... Às vezes não há mesmo nada para dar, nem para esperar receber. Às vezes não vale a pena dar e nem receber. Nem investir e nem aguentar. Muito menos aguentar firme! Aguentar firme, acredito,  é manter a vida (cuidar), não esmorecer, não perder a dignidade, nem o sonho, nem o norte. Cheguei em casa e vi que um beija-flor se debatia, desesperado tentando achar uma saída, prisioneiro dentro da minha sala, embora todas as janelas estivessem abertas. Eu disse a ele: - “aguenta firme”! Com tempo, esforço e jeito, consegui conduzí-lo em direção às janelas, quando ele, então, libertou-se, refugiando-se na mata... certamente aliviado e um pouco mais advertido!

Continuidade...


             Gogo, 2012

Quantos caminhos, quantos sonhos, que infinitude de coisas passam pela cabeça e pelo coração quando nasce um bebê... é um momento mágico que fortalece o ser da gente! Junto com a grande responsabilidade pela vida de uma criaturinha totalmente dependente e indefesa (que mexe profundamente com as questões internas dos adultos, questiona tudo sem ter consciência disto e demanda atenção e cuidados o tempo inteiro...), nasce uma força espetacular, dentro! Momentos ímpares onde se experimenta grandeza, segurança, alegria! Profunda alegria pela vida que continua e se apresenta cheia de possibilidades! O novo que encanta, que provoca, cutuca o medo e o desejo, o sonho de ser e fazer em nome de... Gerar um filho, gerar um neto a partir de um filho, um bisneto a partir de um neto é um feito! Um grande feito. Que vai do medo e da impotência mais apavorante a mais absoluta ternura e capacidade de doar e servir!  Esta continuidade da vida, este prolongamento da gente mesmo, no outro; estes traços e laços que se vão constituindo nos rostos, nos jeitos,  no tempo e no espaço é algo fantástico! É a possibilidade de refazer, de mudar, reaprender ou aprender diferente;  de conhecer os outros caminhos que não se trilhou. E de enxergar lá longe, onde o olhar da gente não alcança mais...

Num dia



Quantas coisas acontecem num dia...
quantos extremos
nos levam a experimentar
emoções fortíssimas,
deslizando rapidamente
pela gangorra dos sentimentos
e percepções,
provando dor e intensa alegria!
Inflando o coração 
com estas contradições apaixonantes...
tão bom estar junto,
tão bom estar distante...

Navegando...


Navegando
em ondas
que ora se debatem
em mar bravio
ora se entregam
a suaves calmarias...
Mesmas ondas,
grandes emoções
diferentes intensidades
ancorando em encontros
de alegria funda
ou em  desencontros
de dor profunda...

Palavras que chegam


Quando chegam, 
tuas palavras,
arejam,
colorem
e enchem
de sabor
o meu dia,
a minha vida!

Bilhete



Capitulina, querida!
         Decidi! Seguir os passos do Filho Pródigo! Largar as ocupações e me ocupar comigo. Fui caminhar na chuva! Tanto tempo que não fazia isto! Outro passo. Faltam outros, mais significativos. Compreendo, após  muitas e tantas tentativas frustrantes, que algumas coisas na vida, podemos mudar, transformar; escolher, ignorar, abandonar. Outras, não. São essenciais e vitais e, mesmo assim, não do jeito que se quer, mas do jeito possível. Sem estas, não dá para ficar. Ou dá, só que a qualidade da vida é ruim, insossa. O deleite da alma nem sempre é o deleite da cabeça, do coração e muito menos do ego. Minha alma anseia liberdade. A liberdade de se expressar e interagir com o que ama e precisa; o que lhe alimenta. O que nem sempre está no convencional e no rol das obrigações e responsabilidades do dia ou do meu papel; mas sempre “às turras” com os conceitos de bem e mal, bom e mau, certo e errado; produzindo, como se pode deduzir, um constante alternar entre o encantamento e  a inquietude. A sensação de estar e não estar na chuva é impressionante! Caminhando ali, sentindo os “respingos”, mas protegida pelo guarda-chuva, sozinha, com os sentidos todos em alerta, senti minha alma deleitar! Vibrar! Na verdade é isto que acontece o tempo todo; deve acontecer: não dá para misturar e diluir nas coisas; é preciso preservar a individualidade e a singularidade. Há um tempo de estar e não estar e, estando, não perder o foco, o que se passa. “Estar na massa e não ser massa”. É um exercício. Estou mas não posso invadir, tomar posse; nem me assujeitar, me deixar explorar, oprimir e comandar. Estou junto, mas não sou dona! Amo, mas não posso impor! É  bom estar junto, mas para isto é preciso saber estar só, separado. Estar e não estar...

Visitantes


As amoreiras e bananeiras ao redor,  estão atraindo, com suas delícias, cores e sabores, tantas, tantas aves! As costumeiras e outras, mais ariscas, como os tucanos, que vêm sempre em duplas e se mostram menos assustados, chegando muito próximo à casa... isto me dá uma sensação de valor e de bem estar... sossego, como se minha casa fosse uma extensão da natureza ou vice-versa e, as aves, visitantes que gostam de estar no meu ambiente e na minha companhia!

Minha Lili!



Minha querida!
Te esperei tanto!
E quando você veio,
encheu de alegria minha vida
como e muito mais ainda
do que eu sabia que seria!
Isto foi numa manhã
fresca e luminosa de Natal,
quando olhinhos doces
firmes e desafiadores
pela primeira vez
refletiram os meus
e todos os significantes
sobre maternidade e
espiritualidade
enlaçaram para sempre!
Uma outra mulher
saída de mim
tão diferente de mim
mas tão cheia de inquietudes
e buscas e lutas igual a mim!
Diferenças e semelhanças
que preocupam e  também,
fazem tão bem
meu bem!
Que bom que a gente não se perdeu!
Agora você é filha e mãe
e eu, além disto,  vovó!
Um longo caminho
para traçar e percorrer...
Entre expectativas
cuidados e alegrias,
o coração aperta, mas
nos sinto caminhando
de mãos dadas!
Feliz aniversário,
minha Lili!

Aniversário do Blog


Quatro anos!
“Que importância tem?
Só a que eu dou.
Olho para as coisas
e todas me dizem
bem mais do que
meus olhos  alcançam...
E que importância tem?
Só a que eu dou.”
Por isto continuo.
Escrever me contorna
                      significa
                     fortalece
                     organiza
       alimenta a paixão
            traduz o amor.

Qualquer momento



Parece um dia de inverno
sombrio. Silencioso.
De vento indelicado.
Não há brilho.
Nem fora e nem dentro.
O "mundo não acabou"
mas umas tantas coisas, sim.
O desconforto do inesperado
abre buracos gigantes.
Assim parece que 
se organiza o tempo
nos tempos...
de dentro do caos
pode, a qualquer momento
surgir o novo!
Com opções e possibilidades.

Se o mundo acabar...


E se o mundo acabar amanhã?!!!
Ah! Isto é muito sério...
mas se... e quando acabar, 
mesmo e de verdade,
querida chuva, sei
que... ah! Me acabo feliz!
Porque  eu  A M E I !
E no meu ofício
de aprendiz
isto foi, a vida inteira,
tudo que eu mais quis!

Encontro (2)



Considero e cultivo que
toda riqueza da nossa vida
está ali, nos encontros!
Encontro num olhar,
ideia  ou  melodia!
Numa contemplação
num fazer, meta,
numa dor ou  poesia!
Num sonho, ideal,
projeto... num toque,
numa fantasia!
Encontro de mãos,
ou num abraço,
na sutileza das palavras
ou numa cumplicidade silenciosa...
Encontros de grande atração,
de amor, paixão
trabalho,  vocação...
ou só e pura simpatia!
Encontro com
o sol nascente,
o arco-íris, um querido,
a chuva, a noite...
um desconhecido!
Uma folha, uma história,
uma flor, um peixinho...
Um encontro com a saudade,
um momento de compreensão,
aprendizado e, com
tantas formas de carinho!
Encontros!
Fugaz e intensa
proximidade...
sensação de inteireza,
totalidade...
Isto é supremo!
Quando diferenças
interagem e
entram em sintonia!

Encontro



Em
com
outro
Maravilhosos
são os encontros...
no compasso
e nos intervalos
das pulsações!
No inesperado
dos hiatos
e no silêncio
da mais profunda
solidão ou
no mais arrebatado
e exaltado instante
de toque, reconhecimento,
e entrega...
sintonia!       
Belos e únicos
em cada fração,
quando 
e finalmente
estamos juntos
em algo
com algo,
o que for
como for...
e o mundo todo,
mistérios e encantamentos,
desnuda
revela e
reduz-se à
unidade.
Ali, num instante
fugaz e pleno:
de um encontro!

Universo de vó


Brinquedos ignorados
comidinha recusada...
Olhinhos opacos
sorriso sem brilho
corpinho aconchegado
sonolento e  febril,
no meu colo,
colo da vovó.
Maria doente?
Inquieta meu coração!
Do soninho  agitado
saem suspiros e gemidos
sussurradinhos...
quase imperceptíveis
e a cada um,
segura mais forte
minha mão.
O tempo passa...
O calor diminui
a respiração suaviza
as mãozinhas relaxam
e então dorme tranquila!
Acorda sorrindo
estendendo os bracinhos!
- Olha aqui! Ó! ... querida!
O cata-vento brilhante
dançando suas cores com
a brisa, na varanda...
Olha que lindo!!!!
E o olhar se ilumina
e a mãozinha se agita
querendo pegar,
encantada e feliz!
Está tudo bem,
outra vez!
E juntas vamos
explorando e interagindo
(ela descobrindo
eu redescobrindo)
com  o ambiente,
com os objetos, 
conversando
na língua deliciosa dos bebês,
entremeada de tantos
“Ohs! Brrrsss...Ta-ta-ta... 
Bah! Tah!! Hum”...
e risinhos ininterruptos
que fazem o tempo voar
e minha alma deleitar
saltitando, livre
 em outros mundos!

Celebração!


  Imagem de Elcio Limas
Vida
alegria
celebração!
Vida que pulsa
exigente,
cheia de incógnitas,
surpreendente!
Alegria
esperada e sentida;
nascendo com
as manhãs luminosas
coloridas de flores,
renovada nos
encontros,
nas mudanças e
nos versos dos abraços
e das cores!
Celebração do que foi
e  do que é,
do semeado e
do colhido;
do sonhado e
do vivido!
Celebração da vida!
Bonita!
Que  chega
e se renova,
todo dia,
quando o horizonte
incendeia de alegria
e, no coração do
que ama, vive e valora,
repercute e  palpita...

No vazio...





Te procurei
e não te encontrei
no meu silêncio
porque estavas
lá fora...
na algazarra dos pássaros
na alegria das cachoeiras
no sopro do vento
no voo tranquilo das nuvens...
feliz e distante!
Adormeci no vazio
e ali estou
esperando a chuva
que sempre te traz de volta!

Identidade musical

Estou maravilhada com este trabalho iniciado e em desenvolvimento com a professora e colega Lara Pires! Embora a música esteja presente e seja de grande e profundo significado na minha vida, não havia cogitado a possibilidade de rever, compreender e “ler” minha história  através das melodias que apreciei e “guardei” no decorrer dos meus cinquenta e tantos anos! Fiquei agradavelmente surpresa e muito emocionada com as descobertas que fiz quando me pus a refletir sobre a melodia que escolhi como a mais marcante na minha  infância! Eu não estava dando a devida importância ao fato, ao trabalho proposto e realmente fui “pega” em flagrante, tamanha sutileza! Viajando em uma única melodia, marcada na distante infância, cheguei ao meu hoje, em poucos instantes! E tudo estava ali, muito claro, revelador... imagino, cheia de expectativa, como será viajar de forma mais consciente pelas outras melodias que marcaram as demais fases, momentos, épocas, encontros... Acho que finalmente compreendo o chamamento que a música sempre me fez e que eu atribuía à sensibilidade ou à minha preferência por um determinado instrumento ou estilo musical. É muito mais do que simplesmente ter escolhido e sido marcada por esta ou aquela música... às vezes parece que a música me escolheu! E por que esta e não aquela? Por vezes, o que mexeu e marcou foi a poesia, outras, a melodia; num outro momento, o instrumento, em outro, os arranjos; já numa outra, a voz e em outra, a energia, o conjunto todo... E agora, quanto têm para me falar, além de me deleitar! Bom demais investigar isto! Vale a pena! A música é, de fato, uma excelente companhia!

"O cravo e a rosa"....


Criança, gostava de cantar
gostava de ouvir...
Enchia meu coração
de expectativa
e melancolia...
Doía o desencontro,
amor que machuca!
Tão lindos,
perfumados...
Com tudo
para ser feliz...
E escolhiam brigar!
No fundo,
tudo que eu queria
era encontrar outro final
e, na linda canção
o amor, alegria exaltar!
O que acontece só agora
neste momento e lugar:

O cravo  sentiu saudade
chamou a rosa pra conversar
e a rosa, toda cheirosa
correu pra ele, para abraçar!


Minha foto
2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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