Sem nome

  
                                                                                                  Casa vazia,
portão trancado
cadeira desocupada,
folhas perambulando
acumuladas
na rua e na calçada.
Braços abandonados
de abraços abortados,
falas interrompidas
de nunca mais alimentadas.
Cumplicidade zerada
partilhas ali num canto
largadas... frio!
Silêncio de vocês...
ausências voluntárias
de mim, livres que são.
Buracos! Vazios de hoje,
cheios de ontem...
acarinhando
tristeza sem nome.

 

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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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