Amém! Amem!

      
       Amém! Assim seja!
    Nos momentos difíceis, quando a esperança, as respostas e a luz no fim do túnel não aparecem, caímos de joelhos, por nós ou por quem amamos e pedimos, rogamos, suplicamos ao Pai, à Mãe, às divindades uma ajuda... E isto acontece porque confiamos neste colo absoluto, nesta mão que nos ampara  desde os mais remotos tempos, idades ou ideias que tenhamos a respeito de tudo que existe e de nós mesmos. E quando isto acontece, nos entregamos totalmente a este colo, estas mãos que nos afagam e fortalecem nas entranhas e de onde, novamente, brota a força, a coragem, o  ânimo; de onde renascemos feito a “fênix”! Quando finalmente nos reencontramos, vislumbramos e aceitamos o que somos, o que é, o que pode ser, o que é possível fazer... Neste processo, a palavra “amém”, bonita e forte, nos acompanha. Para pedir e para agradecer. Assumindo, nos diversos contextos e para cada um, em cada civilização, sentidos singulares: “que assim seja”, “espere por isso”, “firme”, “seguro”, “apoiar”, “amparar”, “suportar”, “confiar”, “verídico”, “eterno”... Somos sempre surpreendidos! Eu, agora, estou surpreendida e encantada. Depois de tantos anos experimentando, construindo e fortalecendo este laço de intimidade interna, só agora percebo o que sempre esteve ali, mas que eu só vi, depois que me foi sinalizado por alguém (e, isto que eu amo as palavras, estou sempre atenta a elas, em descobrí-las dentro, uma da outra...). Agora eu vejo! E isto me enche de alegria redobrada! A resposta para tudo é apenas uma e ela vem de dentro da nossa própria súplica, de dentro do nosso próprio clamor: amem! Um acento transforma o sentido da palavra! Como num passe de mágica, “amém”, de interjeição ou substantivo, transforma-se num verbo! No mais lindo, no mais fácil de conjugar. Mas, no mais difícil de praticar: o verbo amar! No final da nossa súplica e entrega, ele nos chega como uma resposta: amem! O amor na essência e na resposta para nossos males, todos! O amor e todas as suas implicações, desdobramentos e sutilezas dentro do momento e na vida de cada um.

 

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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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