Barquinho de papel

Veio navegando
pelas mãos do
artista talentoso:
- “É pra você, profe”!
Um barquinho de papel.
Recebi e embarquei.
Quintal afora, viajei...
Segura.
As poças d’água
atravessaram as bordas protetoras e,
lá fora, a rua me chamou!
E me aventurei!
Segui as  águas que desciam,
pela sarjeta, apressadas
e inconseqüentes;
atropelando!
Ah! Delicia de corredeiras
contornando medos,
fantasmas, limites
e o imaginário...
E lá fui eu,
olho brilhando,
riso solto,
coração acelerado,
“ensopada” de chuva
e de emoção...
segura no meu
barquinho de papel!
Papel verde.
Verde esperançoso,
impermeabilizado de afeto!


 

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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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