Festa no céu




Depois de várias tentativas, impedimentos e imprevistos, a vovó pode contemplar o convite:

- “Vovó! Vai dormir lá em casa!!! Vai!!! Você dorme na caminha debaixo da minha... assim, ó: a gente puxa a cama que está embaixo e você dorme ali... a gente pode conversar de montão e se der medo, dá para segurar a mão”!

Acertado o dia, a agenda chegou pronta:

- “No final da tarde a mamãe “pega” a gente na tua casa (é que ela passa alguns dias ou tardes na casa dos avós, nas férias) e a gente vai lá pra minha casa. Vamos lavar as mãos e petiscar uns camarões que o papai vai preparar e depois vamos pedir uma pizza!  Depois vamos assistir “Carinha de Anjo”; você vai gostar, vovó! A mamãe gosta! Daí, vamos colocar nossos pijamas e vamos assistir o filme que você adora, vovó: Festa no Céu! E daí a gente dorme! E de manhã cedinho eu te acordo e vamos tomar café da manhã lá na Tuti’s!!!! Depois a gente brinca de casinha”...

Bah! Quem pode resistir a tanto empenho! Tanta organização! Tanto desejo e mimos?!

E tão organizado estava que tudo ocorreu bem assim!

- “...só que a guerra de travesseiros a gente deixa pra fazer na tua casa, vovó! A mamãe pode não gostar da bagunça”!

De fato, o filme “Festa no Céu” é maravilhoso! Cheio de cores! Apaixonante!!! Para assistir sozinho ou junto: adultos e crianças! Um lindo texto sobre o folclore mexicano a respeito da morte, do dia de finados, da alegria, do amor! A importância de ser lembrado; de estar e de reencontrar com nossos queridos e, aprofundando um pouquinho mais|: de ser singular e ser respeitado por isto. Belo filme! E lindo o amor do Manolo pela Maria!

Estar com quem a gente gosta é sempre uma festa! Ser acolhido; sentir-se importante para alguém e por aquilo que se é; é sempre uma sensação de estar, literalmente, no céu! Nada é mais valioso ou importante do que isto! Não existe compensação correspondente  quando a gente opta ou troca por outros valores. É uma falta, uma ausência que nada supre.

O filme é super! Recomendo! Assim como dormir na casa da netinha ou dos netinhos (quando eles convidam e fazendo uso do bom senso e dos limites, é claro!). Bom demais!!!!

Neste novo ano, que consigamos, de um lado, evitar atiçar o inferno pessoal e coletivo e, de outro, fazer dos encontros, uma festa e que isto nos permita experienciar o céu, na medida e na forma como cada um o conceba.

 

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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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