Dói...


“Vovó, estou aprendendo
que quando a gente
gosta de uma pessoa,
ela entra no coração da gente
e não sai mais...
E daí, quando ela
não está perto,
dói”!
     Estes tempos, saídos da rotina e tão cheios de um “novo” desconcertante, produzem experiências e reflexões antecipadas, precoces, nos pequenos. Impossível medir seu alcance, sua profundidade... Estou bastante mexida com isto.
        Mês de Maio e nós colhendo uvas no nosso pequeno parreiral... algo bastante inusitado! Aparentemente, os “cachos” mostram-se iguais aos colhidos no verão, porém, sem aquela doçura peculiar... Para nós, é surpreendente!
       Que tempos! Na reclusão, observando as polarizações ácidas, os limites relacionados ao “ir e vir” e suas consequências bastante dolorosas; acompanhando o fantasma de um vírus que assombra o cotidiano e desestabiliza; lidando com a reinvenção do meu “ser professora” neste tempo de aulas on-line; emocionando com ações de empatia, benquerer e generosidade; contemplando os dias brilhantes, que exibem beleza e aparente tranquilidade, eu penso: será que estamos alcançando compreender o que se passa e que parece estar além do que nos desafia e polariza? Alcançando compreender este novo que se anuncia, um pouco mais a cada dia?




 

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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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