sexta-feira, 29 de maio de 2020 | Filed in:
“Vovó,
estou aprendendo
que
quando a gente
gosta
de uma pessoa,
ela
entra no coração da gente
e
não sai mais...
E
daí, quando ela
não
está perto,
dói”!
Estes tempos, saídos da rotina e tão
cheios de um “novo” desconcertante, produzem experiências e reflexões
antecipadas, precoces, nos pequenos. Impossível medir seu alcance, sua
profundidade... Estou bastante mexida com isto.
Mês
de Maio e nós colhendo uvas no nosso pequeno parreiral... algo bastante
inusitado! Aparentemente, os “cachos” mostram-se iguais aos colhidos no verão,
porém, sem aquela doçura peculiar... Para nós, é surpreendente!
Que tempos! Na reclusão, observando
as polarizações ácidas, os limites relacionados ao “ir e vir” e suas
consequências bastante dolorosas; acompanhando o fantasma de um vírus que
assombra o cotidiano e desestabiliza; lidando com a reinvenção do meu “ser
professora” neste tempo de aulas on-line; emocionando com ações de empatia,
benquerer e generosidade; contemplando os dias brilhantes, que exibem beleza e
aparente tranquilidade, eu penso: será que estamos alcançando compreender o que
se passa e que parece estar além do que nos desafia e polariza? Alcançando compreender este novo que se anuncia, um pouco mais a cada
dia?
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