Ofício de mãe II


Eu te vejo, mãe!
De dentro
da escuridão da mata,
no alto do morro
uma chama crepita!
No teu ofício de mãe
não dormes
e na tua gruta humilde
entre o perfume
das rosas e do incenso
vigias e estende
teus braços sobre mim
e sobre todos nós!
A cada filho,
um cuidado único
porque tu sabes
a dor de cada um,
(real ou imaginária)
a necessidade,
o tamanho
e a intensidade
do abraço!
Mãe!
A luz que brilha
sinalizando
tua presença,
teu olhar sobre nós,
suaviza o ritmo
do meu coração
e não me sinto sozinha!
O teu amor
me acolhe e me
enlaça e o  teu laço
enlaça o outro,
também teu filho,
meu irmão.
Eu apaziguo 
neste teu abraço!

 

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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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