72 - Quando fica seco...

             Quando tudo fica tão seco, assim, dentro, vêm à lembrança o título de um livro do Wander Piroli: “Os rios morrem de sede”. Talvez pior do que a antecipada desolação diante dos significados e realidades a que nos remete o poético título da obra (só o título já basta!) acho que é a sensação de secura interior, quando, por momentos a gente mergulha no caos e não vê saída de nada e nem para nada; quando a impotência (real ou imaginária ou fantasmagórica) paralisa. Ah! Que delícia quando chove! Às vezes chove demais! Difícil medir e controlar.

 

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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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