Icebergs

Por causa do meu filho, os icebergs entraram na minha vida. Eu olho para eles de outro jeito. Eu pouso neles. Eles me convocam à leituras.Têm um significado.
E me falam muito, assim, de repente... De lonjuras, solidão e infinitudes. Horizontes paradisíacos, cheios de mistério e magia. Falam de um desconhecido atraente. Da impotência friorenta diante do que não tem jeito. Falam de aparências e profundezas. Do que parece mas não é e do que é, mas não está visível ao olhar superficial. De grandezas singelas, despretenciosas. De simplicidades majestosas. De força e fragilidade. De respeito, seriedade e beleza. De quenturas deliciosas e fatais! De saudade comprida, sem volta.
Curiosos! Aventureiros! Impulsivos, saem de casa; perseguindo pássaros, como se estes fossem borboletas de jardim; sem muito pensar, medir; pudicos! Sem muita consciência de seu próprio corpo; deslizando pelos horizontes azuis sem cuidado; por vezes ferindo; por vezes encantando... diluindo-se em cada encontro, sem prestar atenção no tempo e nas transformações que ele opera... De repente, um pouco como a gente!

 

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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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