Poeira

De repente,
o real:
viva,
sozinha
e única.
Poeira de vida
virada e revirada,
rolando pelas eras
e tempos...
varrida pelos ventos;
atropelada,
ora embalada
pela dança
dos dias,
dos encontros
e desencontros...
Ah! Dói...
não passos em falso,
mas perder um ritmo.
Não espinhos e asperezas,
mas a exclusão
em coreografias...
Ah! Poeira desimportante!
Fora do ritmo,  
mas feliz ignorante
entre sinfonias
de sóis, luas,
respirações,
marés
e poesia...
Servem para quê,
as nomenclaturas
se tudo é poeira mergulhada
num oceano de
pulsações, delírios, miragens...
raras ancoragens?!
Se tudo vira poeira,
menos a sensação
ora aqui, ora ali,
de sintonia
de olhar 
e de mãos?!!!


 

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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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