O que a gente tem de verdade...

     “Tudo que a gente tem de verdade, de real, é o trabalho, o resto é pura ilusão”. Ouvi de uma pessoa muito especial, que entende de gente, trabalha com gente; gosta de gente! Ouvi, mas ainda não tenho uma ideia sobre isto. Sinto que é profundo. Estou pensando... de quando em quando vem à lembrança... Num outro momento, eu, de cara, não concordaria. Imagina! Tantas coisas sempre foram muito “caras” e reais para mim... amor, amizade, filhos, ternura, cumplicidade...  Duro acreditar que se viva “pura ilusão” a vida inteira; acreditando em coisas que, de fato, nunca acontecem ou acontecem em  fragmentos ou nunca da forma que se deseja. Por outro lado, claro que mais dia ou menos dia, nos decepcionamos, conosco e com os outros. Invariavelmente magoamos as pessoas mais queridas (que dirá as nada queridas!) e também somos, em algum momento, desprestigiados de um lado e por quem menos esperaríamos. Porque assim somos nós, as pessoas; com pouco ou quase nada de controle sobre nossas emoções e impulsos. Além de imaturos. A verdade dói, envergonha e inibe; mas apesar disto, engrandece, liberta, dizem! Liberta somente quando se sabe lidar com ela. A culpa, a ignorância ou a arrogância mantém a escravidão quando aparecem depois da verdade expressa. Um emaranhado, dentro e fora! Repleto de fragilidades. Assim estou concebendo a vida, neste momento. Às vezes dá para deslizar por entre os nós e labirintos e tocar com suavidade; estabelecer intimidade com o outro e é tudo de bom e de bonito! Quando tudo adquire significado e a gente se encanta e reencanta! Brilha, faz poesia, cria! Às vezes, perde-se o equilíbrio e o senso de direção e nos prendemos nos nós e nos labirintos; nos ferimos, decaímos, nos afastamos, mergulhando no caos.  Às vezes tem volta. Às vezes não tem mais volta.  No trabalho... talvez no trabalho aconteça diferente... será? Estou observando...

 

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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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