25 - Finitude?

A finitude
se mostra cruamente.
O que escolher?
A insignificância ou
a supervaloração de tudo?
O tempo é curto....
... e já é o fim!
E tudo se acaba...
coisas mal resolvidas,
não experimentadas,
não concluídas,
recém conquistadas....
Tudo se acaba
soterrado por este
duro real...
Isto é o que repetem,
repetem e repetem
incessantemente
as tragédias,
agora cotidianas.
O que escolher?
A razão ou
aquela outra parte, doce?
Doce não pode,
faz mal. Faz?
Há tanta dor
ao redor e dentro...
e perto e longe...
Quem vai cuidar
destas feridas?
Quem vai cuidar de
todos nós,
crianças impotentes e imaturas
diante do tempo,
da dor, das perdas
e até mesmo da
grandeza dos nossos sonhos?
De repente...
dentro do trânsito congestionado
respirando a impaciência,
a má educação e egoísmo
do contexto...bem ali...
ao lado do choro e do lamento
eu vi um gari
regando com paciência
e amorosa atenção,
um canteiro de flores!
E cada uma desabrochando!
Cheias de encanto
e infinitude! Obrigada!!!!

 

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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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