Ponto

Algo acaba. É
ponto final.
Fim.
O nada.
Difícil não é perder.
Difícil é acostumar
com a ausência,
um buraco
que primeiro cresce,
insuportável.
Quando não tem mais espaço
para agigantar e doer
começa apequenar.
Fica um ponto,
um pontinho só,
mas consistente
consciente
e presente.
E enquanto “apequena”
acostuma e
faz ninho.

 

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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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