De tarde


Na brisa sutil e bailarina
as folhas da bananeira
flexionam, mas não se dobram,
a “raspa língua” se dobra
mas se vinga, “cortante”!
Cigarras e grilos “invisíveis”,
(atrás de que verdes se escondem?)
afinados e no compasso
ocupam todo espaço
em cantoria queixosa
arredondando o calor
na tarde emudecida.
Meu coração sério
de medir, ajustar, ponderar
sente saudade do riso
da impulsividade curiosa
da indisciplina teimosa
da felicidade de sonhar
com a felicidade.


 

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2023, 14o aniversário do Blog! O meu desejo, por estes tempos, é de um pouco de calma, um pouco de paciência, um pouco de doçura, de maciez, por favor! Deixar chover, dentro! Regar a alma, o coração, as proximidades, os laços, os afetos, a ternura! Um pouco de silêncio, por favor! Para prestar atenção, relaxar o corpo, afrouxar os braços para que eles se moldem num abraço!

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